Festival de arquitetura regressa nos dias 1 e 2 de julho e abarca quatro cidades: Porto, Maia, Gaia e Matosinhos.
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O tema do 8.º Open House, certame dedicado à arquitetura com um roteiro de 52 criações espalhadas por quatro cidades – Porto, Maia, Gaia e Matosinhos – é este ano “Novíssimos na arquitetura” e partiu de um texto da autoria de Nuno Portas, de 1959. Foi a inspiração direta para a dupla de curadores Pedro Baía e Magda Seifert: “Mostrar os trabalhos das novíssimas gerações de arquitetos que foram projetando e construindo ao longo do tempo, através da visita contemporânea das suas obras", Aponta Pedro Baía.
A seleção das obras a visitar foi feita através de três linhas arquitetónicas: "Novíssimos", "Novos novíssimos" e "Novíssimas obras". Segundo Pedro Baía, os "Novíssimos" são obras selecionadas e "hoje reconhecidas e celebradas, que foram projetadas por arquitetos que estavam no início do seu percurso" – são exemplos disso a Casa de Chá, em Matosinhos, obra de Siza Vieira, ou a obra de José Pulido Valente que criou a Casa Ângelo de Sousa no Porto.
Na segunda linha de seleção, “Novos novíssimos" são revelados trabalhos de arquitetos nascidos após 1983, "como o Atelier Local, os Depa Architects, o Fala Atelier ou os Fahr 021.3". Por fim surge o roteiro "Novíssimas obras", que apresenta criações recentes terminadas nos últimos cinco anos, "como a reabilitação do Mercado do Bolhão por Nuno Valentim e Rita Machado Lima”.
24 criações só no Porto
Durante os dias 1 e 2 de julho é possível visitar na Maia oito obras arquitetónicas, entre as quais a Casa da Maia e a Casa Guerra. Em Matosinhos haverá um roteiro por 11 obras, com destaque para a Casa da Arquitetura - Real Vinícola.
O Porto inscreve este ano 24 obras, como a Casa Submarino, a Casa das Artes ou o Cinema Batalha. E Gaia dispõe de nove obras, entre as quais a Torre Altice, a Capela de S. José e a Casa RV.
A edição de 2023 é a maior de sempre e durante dois dias os quatro municípios recebem 26 estreias num lote de 50 especialistas, nos 52 espaços disponibilizados e com o apoio de 300 voluntários que se mostraram disponíveis para "ajudar a mostrar arquitetura", indica o arquiteto Nuno Sampaio, diretor executivo da Casa da Arquitetura, que produz o Open House Porto. Este é o único acontecimento no mundo em que quatro cidades se unem para o evento enquanto um só território.