Vinte e quatro anos depois, temos um novo disco dos Pulp. Mas até parece que não passou tempo nenhum desde "We love life", tal a fluidez e mestria com que as músicas se seguem umas atrás das outras neste inesperado "More". O inopinado fim criativo da banda, em 2001, sempre soou algo extemporâneo.
Corpo do artigo
Ficou a sensação de que havia mais para dar. Foram precisas mais de duas décadas, mas "More" é a prova que a sensação era bem fundada. São 11 temas ao longo de 51 minutos que comprovam que a banda está em plena forma e cheia de vontade de entreter. Temos as baladas estilo crooner, as batidas "disco" para a pista e, acima de tudo, várias melodias bem conseguidas, excitantes e sensuais, com belos arranjos orquestrais, que nos fazem mexer as ancas como antigamente.
Um dos grandes méritos de "More" é que não tenta ser aquilo que não é, nem nunca será. Tal como sempre recusaram ser "poster boys" do brit pop, agora também não se esforçam em parecer "modernos". São os mesmos Pulp de sempre, mais velhos, mas igualmente sedutores.