Cartelização do mercado e valores dinâmicos são ameaça em crescimento, dizem agentes.
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A escalada de preços das grandes produções de música não tem impedido superestrelas pop-rock de acumular milhares de pessoas até esgotar. Taylor Swift superou os 500 euros por bilhete, Coldplay chegou aos 150 e Travis Scott foi aos mesmos valores. Isto em Portugal e para um único concerto. Mas, o que podemos esperar do futuro? E a desregulação dos “preços dinâmicos” pode chegar a Portugal? O JN ouviu agentes do setor e estes apontam um culpado: há gigantes internacionais que controlam a produção de concertos a nível global - e ditam as regras.
Para Paula Guerra, socióloga da área da música, “um megaconcerto é como um festival, não conta só a atuação”. A experiência social é o motor da adesão, diz, e aponta a pandemia de covid-19 como propulsor do aumento de preços. Aliando marketing impositivo e força das redes sociais, temos consumo massificado.