Não foi um duelo de palco, foi só um combate pelos corações do público: ganhou o glam rock dos Placebo ou o brit pop dos Suede? O JN quis ouvir dois especialistas.
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Na primeira noite do Festival EDP Vilar de Mouros, que contou com 16 mil espectadores, segundo dados da organização, as opiniões dividiram-se sobre os principais espetáculos - Placebo e Suede: quem foi melhor?
"Os Suede entraram a matar e mataram até ao fim", exclama Pedro Vasco Oliveira, jornalista do Porto que acompanha festivais há décadas. Mas, se a banda do intrépido Brett Anderson, uma das que integram o "quarteto fantástico" da britpop dos anos 1990, ao lado de Oasis, Blur e Pulp, foi o número de eleição do jornalista, já a prestação dos Placebo deixou reticências.
"Tiveram 15 minutos de categoria, em que passaram pelas malhas conhecidas, o resto foi um bocado chocho. O melhor de tudo acabou por ser o novo bigodinho do Brian Molko", brinca Pedro Vasco Oliveira.
Outra subjetividade, outra visão. Sérgio Vieira, livreiro da Nazaré, inverte os dados: "Os Placebo arriscaram: investiram nos últimos álbuns. "Bionic" e a versão de "Running up that hill", da Kate Bush, foram dos poucos temas reconhecíveis", diz.
"Já os Suede foram inatacáveis na sua entrega, mas seguiram pelo trilho seguro, o do "best of". Como já vi ambos várias vezes, surpreenderam-me mais os Placebo". Seria bastante aborrecido o consenso num festival de rock.