Patti Smith e os Soundwalk Collective têm concerto sábado no CCB em Lisboa e domingo no Theatro Circo de Braga. Ambos há muito estão esgotados.
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Se há epítetos que se agarram à pele de forma quase visceral e que, apesar do passar dos anos, não se esbatem, este é garantidamente um deles. Por mais que o relógio do tempo avance, a “sacerdotisa do punk” continua a ser ela, Patti Smith, 77 anos feitos em dezembro, que sábado e domingo toca em dose dupla em Portugal, primeiro em Lisboa e depois em Braga, com os Soundwalk Collective, num projeto em estreia no nosso país. As duas salas, o Centro Cultural de Belém (CCB) e o Theatro Circo, há muito estão esgotadas. O que quer dizer que a sacerdotisa norte-americana continua a ter muitos fiéis, o que não é despiciendo.
Patti, aliás, é um dos ícones da cultura pop dos últimos 50 anos, pelo seu espírito inquieto, livre e instigador que a faz ser muitas coisas ao mesmo tempo: cantora, autora, produtora, escritora ou artista visual. Não é à toa que também lhe colocam o epíteto de poeta, porque a ligação entre música e poesia é tão nítida quanto forte nos trabalhos da estrela nascida em Chicago, como mostram álbuns intemporais como “Horses” (1975) e “Easter” (1978).