O CENA-STE-Sindicato dos Trabalhadores de Espectáculos, do Audiovisual e dos Músicos contestou, esta quarta-feira, a sua exclusão do grupo de trabalho que pretende discutir as condições sobre os festivais e espetáculos de música.
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No grupo de trabalho estão presentes, além dos representantes do Ministério da Cultura, a APEFE -Associação de Promotores de Espetáculos, Festivais e Eventos; a APSTE - Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos; e a APORFEST - Associação Portuguesa de Festivais de Música.
O CENA-STE diz não questionar a presença destas associações, mas vê "com grande preocupação que se estabeleça um grupo de trabalho, que pretende discutir em que condições serão realizados os festivais e espetáculos de música, sem a presença do representante legítimo dos trabalhadores".
O sindicato alega que os trabalhadores das áreas técnicas, técnico-artísticas, artísticas e de mediação são dos mais violentamente afetados pela pandemia e pelos cancelamentos que daí resultaram, e que são também uma grande parte dos trabalhadores que ficaram de fora dos apoios setoriais do Ministério da Cultura. "É preciso que o retomar desta atividade não se baseie nas relações de trabalho, que levaram milhares de trabalhadores a estarem hoje numa situação de grandes dificuldades, e se construam alicerces para um futuro sustentado e seguro para todos os profissionais", acrescentam.
O sindicato entende que as questões de funcionamento e organização do trabalho em função das medidas de saúde pública, planos de contingência, circuitos de trabalhadores e público, e possibilidades de suspensão ou adiamento, com as possíveis consequências ainda piores para os trabalhadores desta área, são questões em que a participação do sindicato não é só relevante como fundamental, para que os "trabalhadores do setor não fiquem sem voz".