Eduardo Souto Moura já sabia da atribuição do prémio Pritzker, considerado no meio como o "Nobel da arquitectura". Mas pensou "que era uma brincadeira", confessou numa conferência de Imprensa, em Lisboa, horas depois do anúncio oficial.
Corpo do artigo
Souto Moura soube há uns tempos, por telefone, mas teve de guardar sigilo. "Pensei que era uma brincadeira, ou que tinha de mandar uns papéis", contou, esta segunda-feira à noite, num hotel de Lisboa.
Na altura, ficou admirado com o teor do telefonema em que lhe davam conta de que era o vencedor. E só depois de outro telefonema, segunda-feira, do jornal "The New York Times" a pedir uma entrevista, é que sentiu ser verdade.
"A primeira condição para ganhar prémios é não pensar neles. Portanto, nunca esperei ganhar o Pritzker", disse, lembrando palavras de Álvaro Siza.
Considerando tratar-se de um galardão muito complicado, Souto Moura referiu ainda que ele próprio "talvez seja o menos vistoso dos arquitectos portugueses". E acrescentou: "onde eu gosto de construir é em Portugal. Sinto-me em casa".