Festival abriu portas do recinto principal e recebeu The Chainsmokers como cabeças de cartaz. Matias Damásio, Richie Campbell e Mac Miller também fizeram o gosto aos festivaleiros.
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As boas histórias têm sempre uma música a acompanhar. No MEO Sudoeste é ao contrário. As boas músicas fazem boas histórias. A tarde soalheira avizinhava uma noite de concertos. Rita Catrupa e Miguel Figueiredo, dois jovens oriundos do Algarve, foram os primeiros a entrar no recinto que foi aberto ao público com mais de uma hora de atraso.
"Vim ver o concerto da minha vida!", afirmou Rita a referir-se à dupla de dj's nova-iorquinos The Chainsmokers. "Vou para a frente do palco porque sou fã deles desde o início". Andrew Taggart e Alex Pall atingiram o conhecimento publico com "#Selfie", em 2014, mas só "Closer" os atirou para as luzes da ribalta, em 2016.
Mais à frente, na fila composta por cerca de 100 pessoas, estava uma mãe acompanhada pelo filho de 11 anos e os sobrinhos de 19 e 17 anos. Vera Silva viajou pouco mais do que uma hora de Portimão até à Zambujeira do Mar para fazer a vontade à família. "O ano passado pediram-me para vir. Este ano diziam que hoje era o melhor dia do cartaz, eu fiz-lhes a vontade".
Embora não coloque de parte a possibilidade de, no próximo ano, usufruir do festival em pleno, não nega que "os nomes dos artistas vão pesar muito na decisão". Quanto a gostos musicais, toda a família está em comum acordo: a música feita em Portugal está boa e recomenda-se pois Richie Campbell, artista que tocou logo a seguir a Matias Damásio, provou que conforme os anos passam e quantos mais álbuns lança, melhor se torna a sua sonoridade reggae.
O português que canta com sotaque jamaicano começou o concerto à hora prevista e percorreu os principais singles que marcam a sua carreira. "Love is an addiction", "That's how we roll", "Best friend" foram apenas alguns dos temas que levaram o público ao rubro. Com mais de meia plateia no Palco MEO, Richie Campbell convidou Plutónio, que tinha tocado no palco secundário horas antes, para o ajudar a preparar a multidão para Mac Miller.
Embora com o recinto menos preenchido e num registo diferente, também Matias Damásio não desiludiu. O cantor angolano que se diz "um verdadeiro romântico" tocou a maioria dos temas de "Por Amor", álbum lançado em abril deste ano. Com letras a passarem no ecrã principal, o autor e compositor de "Loucos" tinha anunciado um salto maior no seu percurso musical e prometeu que em 2018 vai subir ao MEO Arena para um concerto só dedicado à matemática do amor.
Alguns dos festivaleiros, à pergunta de quem foi o mote de compra para o bilhete, também não deixaram escapar Mac Miller na resposta.
O rapper americano que namora com a cantora pop Ariana Grande mostrou que não é só mais um dos recentes nomes do hiphop e que tem um público fiel em terras lusas a seguir os seus passos musicais.
O MEO Sudoeste é também feito de outros palcos e atividades. Todos têm os ouvidos bem abertos para percorrerem todos os sinais sonoros disponíveis no recinto. Até à hora dos concertos é possível dançar na discoteca aérea, usufruir de um sunset num autocarro descapotável em plena praia da Zambujeira, ver performances criativas numa vila dedicada às artes ou simplesmente relaxar à beira rio no famoso canal do parque de campismo. O importante? É ter música e o Sudoeste é sinónimo dela.