Rei do funk Pedro Sampaio encerra festival com concerto explosivo e comunhão total com o público. Calema emocionam ao pôr do sol e Ozuna faz vibrar com reggaeton imparável. Nenny abriu o dia com energia contagiante.
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“Pe-d-ro Sam-pa-i-o-Vai!” foi o grito que mais se ouviu no antigo Parque de Campismo da Madalena, em Vila Nova de Gaia, durante o concerto que fechou o MEO Marés Vivas 2025.
Com os bilhetes esgotados desde abril, cerca de 40 mil pessoas encheram o recinto para uma jornada de festa inesquecível, marcada por atuações intensas, momentos emotivos e uma energia coletiva difícil de igualar. Coube a Pedro Sampaio o fecho apoteótico de uma edição que reuniu 120 mil espetadores ao longo de três dias.
Ao som de “POCPOC”, o artista brasileiro entrou em palco como um furacão, contagiando a multidão com uma energia explosiva e uma mistura única de funk carioca, EDM e ritmos latinos.
Bailarinos vestidos de vermelho e branco, efeitos visuais impressionantes e uma coreografia cuidada criaram o cenário para um espetáculo frenético que manteve o público aos saltos do início ao fim. Canções como “No Chão Novinha", "Galopa" e "Dançarina" fizeram vibrar a audiência, enquanto Pedro mantinha uma ligação constante com os fãs.
No momento mais simbólico da noite, o artista desceu do palco com a bandeira portuguesa às costas e foi erguido pelos fãs até ao centro do público, numa comunhão captada em vídeo e aplaudida por milhares — um dos registos mais emblemáticos da noite.
A coreografia da música “Cavalinho” tornou-se o clímax da festa, repetida a pedido da multidão, que dançou em uníssono com Pedro, encerrando o festival com uma explosão de energia.
Horas antes, ao pôr do sol, os irmãos Calema incendiaram o palco com uma performance emotiva e enérgica. Vestidos de vermelho, António e Fradique Mendes Ferreira conquistaram o público com hits como “Te Amo”, “A Nossa Vez” e “Mama Ê”.
A ligação profunda com a plateia foi evidente, sobretudo no momento acústico de “A Nossa Dança”, quando milhares de telemóveis se acenderam, criando uma atmosfera mágica.
Entre as atuações de peso, destacou-se também Ozuna, que trouxe o reggaeton imparável ao Marés Vivas, fazendo o recinto vibrar com sucessos como “Del Mar”, “Taki Taki” e “Dile Que Tú Me Quieres”. O ritmo quente e contagiante do porto-riquenho manteve o público em festa do início ao fim.
A abrir o dia, Nenny, com apenas 22 anos, surpreendeu com uma performance cheia de garra e carisma. Com uma equipa de bailarinos e coreografias específicas, a cantora de Vialonga afirmou-se como uma das grandes revelações, contagiando o público com faixas como “21” e “Dona Maria”.
Pouco depois da seis da tarde, já Salvador e Vitória, primos de seis anos de Canidelo, marcavam presença na primeira fila. Acompanhados pela mãe de Salvador, esperavam ansiosamente pelo momento de ver Pedro Sampaio. Vitória, espevitada e com o rosto pintado, cantava refrões com orgulho, antecipando o que seria o concerto da sua vida.
Essa transversalidade geracional — do funk ao pop, do kizomba ao reggaeton — foi uma das marcas da edição deste ano, que se despede com um recorde de 120 mil espetadores e com a promessa de regresso nos dias 17, 18 e 19 de julho de 2026, no Antigo Parque de Campismo da Madalena, em Vila Nova de Gaia, se as próximas eleições autárquicas não mexerem com os planos geográficos.
Até lá, fica a memória de uma noite em que Pedro Sampaio foi levado ao colo por milhares. Literalmente — e no coração de todos os que estavam lá.