A TVE está a ser criticada por interromper a emissão do canal 24 horas da "Operação Triunfo" no momento em que dois professores criticavam o partido do governo espanhol por ter votado contra o casamento homossexual. Responsáveis dizem tratar-se de uma falha técnica.
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Durante uma aula de interpretação, os professores Javier Ambrossi e Javier Calvo falavam com os alunos sobre a diversidade que implicaria interpretar o tema "La Revolución Sexual" ("A Revolução Sexual"), da banda "La Casa Azul" (A Casa Azul), e criticaram o partido do primeiro-ministro Mariano Rajoy por ter votado contra a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo. A emissão foi interrompida e a televisão pública espanhola está a ser acusada de censura.
Javier Calvo terá dito que o tema em questão "fala da felicidade de experimentar coisas novas" e que muita gente iria "ficar incomodada que se fale disto na televisão pública". Já Javier Ambrossi, o outro professor, afirmou que a canção o fazia lembrar o momento em que foi aprovada a lei do casamento homossexual e recordou uma frase de um membro do PSOE, o partido da oposição.
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"Vocês estão a opor-se a algo maravilhoso e que vai mudar o mundo, dentro de muitos anos vocês vão ser testemunhas destes casamentos, não sejam tontos, unam-se agora e votem sim. É o momento de reivindicar isso, não cheguem tarde à festa", terá dito o professor, imediatamente antes de ocorrer um apagão.
Os fãs do programa recorreram às redes sociais para criticar a atitude da TVE, mas a diretora da Academia da Operação Triunfo e os próprios professores vieram a público desmentir qualquer ato de censura.
No Twitter, Javier Calvo escreveu que "não há censura, apenas uma falha técnica" e Javier Ambrossi chegou mesmo a publicar um vídeo completo da aula, sem qualquer tipo de interrupção. Também Noemí Galera, Diretora da Academia, escreveu que "não houve censura", apenas "pura casualidade".