A moldura humana e o ambiente vivido na Alfândega do Porto no segundo dia do festival do Norte compôs-se bem antes de o primeiro concerto arrancar. Ainda Nininho Vaz Maia não tinha sido anunciado em palco e já uma mancha de fãs se acumulava em frente ao palco, a cantar e a dançar. A receita foi vencedora: um dia dedicado à música latina e brasileira. Ainda vamos no primeiro espetáculo neste sábado de North Festival e a energia já é contagiante, numa tarde em que a meteorologia também ajudou.
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"Família, essa mão cigana cá em cima", pede Nininho Vaz Maia ao público. Os espetadores obedecem. O artista que reúne flamenco e a tradição cigana foi recebido em palco com entusiasmo, por parte de um público, nota-se pelo ambiente, o conhece bem. No alinhamento não faltaram os êxitos do seu primeiro e mais recente álbum, "Raízes", de 2021 - que serve de clara homenagem à sua comunidade. Nininho ficou conhecido nas redes sociais em 2019 e os últimos quatro anos foram de conquista crescente.
Ainda antes da abertura do palco principal, uma animação ambulante de percussão deu o mote para a festa, com um ritmo dançável que animou todos aqueles por quem passava.
Entre os festivaleiros veem-se chapéus adereçados, botas de cowboy e brilhantes espalhados pela cara e cabelo de muitos e muitas. Todos vestidos a rigor para aquela que será a segunda atuação deste segundo dia: Ana Castela. Denuncia-o os lenços amarelos, associados à sua música "Boiadeira". Esta noite de sábado promete animação e fãs dedicados. Ainda estarão em palco Gustavo Mioto e a tão aguardada cabeça de cartaz Ivete Sangalo, no dia do seu 51º aniversário, e 12 anos depois da sua última atuação na cidade Invicta.
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