O cantor austríaco JJ regressou a Viena, este domingo, e foi recebido como um herói por centenas de fãs entusiasmados após vencer o Festival Eurovisão da Canção, em Basileia.
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O contratenor de 24 anos, que atuou sob o seu nome artístico, mas cujo nome verdadeiro é Johannes Pietsch, saiu do avião com um ramo de rosas vermelhas e o troféu, sorrindo enquanto os fãs pressionavam as barreiras de segurança para espreitar.
A multidão explodiu quando JJ ergueu o troféu e agradeceu aos fãs por acreditarem nele. "Obrigado a todos por terem vindo. Obrigado por acreditarem em mim e por serem tão gentis", disse à multidão, com a voz carregada de emoção.
Os apoiantes agitavam balões em forma de coração e bandeiras arco-íris enquanto a sua música vencedora, "Wasted Love", tocava nos altifalantes.
"Assisti às reações nas redes sociais e toda a gente ficou impressionada com a voz dele, na América, na Austrália, em todo o lado", disse Samira Kalmar, de 52 anos, que disse nunca ter duvidado que iria ganhar.
Barbara Mayer, de 53 anos, que veio com as duas filhas, também elogiou a artista, cuja performance, atingindo agudos de soprano entre refrãos de baladas antes de culminar num final techno, conquistou o público. "A ópera fez lembrar Viena, mas também tinha uma componente moderna e uma boa encenação", disse.
Pietsch será homenageado na segunda-feira. O chanceler Christian Stocker, que vai recebê-lo de manhã, elogiou a sua "magnífica conquista" no dia anterior.
O presidente da Câmara de Viena, Michael Ludwig, disse que a cidade estava pronta para receber a Eurovisão, embora outras cidades, incluindo Innsbruck, no Tirol, também sejam candidatas, sobretudo depois de Basileia ter mostrado que o concurso não tem de acontecer sempre numa capital.
Na emissora pública ORF, no entanto, existem preocupações sobre o elevado custo de acolher a Eurovisão numa altura em que a organização enfrenta cortes orçamentais e as finanças da Áustria continuam apertadas.
Na Suíça, o custo foi estimado em várias dezenas de milhões de euros, com despesas divididas entre a televisão pública, a cidade anfitriã e outros parceiros.
O governo austríaco tentou tranquilizar o público, com o ministro da Cultura, Andreas Babler, manifestou confiança de que será encontrada uma "solução" para organizar o evento.