Dezasseis projetos de música portuguesa integram o cartaz de uma nova edição do festival urbano "Viana Bate Forte", que regressará àquela cidade nos dias 16 e 17 de setembro.
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Nuno Lanhoso, Samuel Úria, Jarojupe, Gisela João, Ivandro, Karetus, The Happy Mess, Lhast, Matay, Irma, Virgem Suta, Rita Redshoes, Tiago Nacarato, The Black Mamba, Ré Menor e Carolina Torres, fazem o alinhamento do evento gratuito que decorrerá em três palcos no centro histórico de Viana do Castelo.
O festival que em 2019, acolheu cerca de 50 mil pessoas nas ruas da cidade, tem desta vez como mote a "descentralização" cultural, conforme foi referido pela organização e por alguns dos artistas, como Gisela João e Tiago Nacarato, presentes esta terça-feira à tarde na conferência de imprensa de apresentação do cartaz.
"Descentraliza a cena vem a Viana do Castelo e vais ver que vale a pena", foi uma das rimas do rapper Ré Menor (de Darque, Viana do Castelo), que o vereador da Cultura da Câmara de Viana do Castelo (organizadora da iniciativa), Manuel Vitorino usou para lançar a apresentação do festival, que também foi interrompido pela pandemia e regressa este ano, com palcos instalados em três praças centrais da cidade: Republica, Erva e Liberdade.
Na sexta-feira, dia 16 de setembro, atuam na Praça da República, Nuno Lanhoso (21 horas), Samuel Úria (22.45 horas) e os vianenses Jarojupe (00.30 horas). No dia seguinte, às mesmas horas respetivamente, Matay, Irma e Virgem Suta.
Na primeira noite, na Praça da Liberdade, atuam Gisela João (21.45 horas), Ivandro (23.30 horas) e Karetus (01.15 horas). Às mesmas horas de sábado, Rita Redshoes, Tiago Nacarato e The Black Mamba.
E na Praça da Erva, na sexta-feira, sobem a palco The Happy Mess (22.30 horas) e Lhast (00.45 horas). Na segunda noite, Ré Menor e Carolina Torres.
Gisela João minhota "de mão na cintura" assumida, enalteceu a realização do evento em prol da descentralização da cultura. "Esta descentralização de festivais e de cultura, interessa-me sempre muito, porque venho de Barcelos, uma cidade vizinha, quase prima de Viana do Castelo, e cresci a ver a maior parte dos festivais e artistas que gostava de ouvir sempre muito longe e nas ditas cidades grandes. A nós chegava sempre menos", disse.
Acrescentando: "Deixa-me sempre muito feliz que haja executivos de câmaras municipais que tentam trazer cultural de forma séria, elegante e divertida para as pessoas das suas cidades". A artista desafiou ainda o público "a trajar uma peça tradicional e a levantar os braços para dançar [com ela] viras e malhões e abanar a ceira", no seu concerto, dia 16.
O rapper vianense, Ré Menor manifestou a sua satisfação pela realização de um festival que "traz um bocadinho daquilo que há muito faltava a Viana do Castelo". O músico Nuno Lanhoso adiantou que irá dar a conhecer, em Viana, alguns temas novos do seu próximo trabalho, a lançar em breve. E Tiago Nacarato, que repete a sua presença no Bate Forte após ter tocado com Salvador Sobral, numa das anteriores edições, evidenciou o papel de "descentralização" daquele festival. "É muito importante levar a cultura para todos os cantos do país", disse.
O evento foi organizado pela autarquia de Viana do Castelo, através de um concurso público para os artistas, e representa um investimento de cerca de 170 mil euros.