De duas regiões distintas, Minho e Douro, saem dois vinhos de aromas ímpares
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"O vinho mais excecional é aquele que dá prazer pelas suas próprias qualidades naturais. Nada lhe deve ser misturado, pois pode obscurecer o seu sabor natural". A frase é de Lucius Columella, escritor Romano, estudioso da agricultura.
Este caminho é hoje explorado na agricultura através da sua vertente biológica e biodinâmica (por favor, não con fundir com os "vinhos naturais").
Seguindo estas linhas, que defendo, a minha escolha recai sobre estes dois vinhos: Quinta da Palmeirinha, Branco, Vinho Regional Minho, 2017 (biodinâmico e sem adição de sulfitos).
Quinta da Palmeirinha | Vinho Regional Minho | Branco 2017 | PVP.: 9 A 10 euros
Com as castas Azal e Arinto, após uma fermentação em inox e estágio durante oito meses sobre as borras finas, Fernando Paiva criou este vinho branco de uma pureza e elegância ímpares. Aroma intenso, jovem, lembrando flores brancas e frutos citrinos. Em boca apresenta-se cremoso, vivo, fresco e longo. A apreciar durante os próximos cinco anos. Este produtor mostra que é possível a substituição do anidrido sulfuroso pela adição da flor seca do castanheiro.
Quinta do Romeu | DOC Douro | Tinto 2015 | PVP.: 7 A 8 euros
A segunda escolha: Quinta do Romeu, DOC Douro, 2015 (biológico). As castas Touriga Nacional, Tinta Roriz, Touriga Franca, Sousão e Tinto Cão, após terem fermentado espontaneamente em lagares de granito e estagiado em cubas de cimento, produziram este vinho com boa intensidade aromática, lembrando os frutos pretos maduros. Aroma muito fino.
Em boca apresenta-se fresco, elegante com taninos muito sedosos. Final persistente. A beber durante os próximos sete anos.
Nos vinhos, como em tantas outras coisas na vida, menos é mais.