Depois da quebra registada em 2021, o número de mulheres eleitas para câmaras municipais aumenta, mas o poder local ainda se conjuga maioritariamente no masculino. Em 2025, só 51 dos 308 municípios conta com mulheres a liderá-los
Corpo do artigo
As listas de candidaturas têm obrigatoriamente de ter mais mulheres - como género ainda subrepresentado na política -, mas tal ainda não se reflete em paridade no poder local. Em noite de autárquicas, este domingo, 12 de outubro, foram eleitas, segundo avança o jornal Expresso, 51 mulheres e num total de 308 municípios. Ou seja, por cada seis câmaras uma está nas mãos de uma mulher.
Um valor que, apesar de estar distante dos valores da paridade, estabelece um aumento face a 2021, quando 29 mulheres se tornaram presidentes de câmara após sufrágio, o primeiro a ter lugar depois de ter estado em vigor a nova lei da paridade, que obrigava a que houvesse 40% do sexo menos representado - no caso mulheres - em lugares elegíveis. Recorde-se que, nesse ano, esse resultado representava um recuo face a 2017 quando foram eleitas 30.
Nestas autárquicas de 2025, a eleição começou, à partida, com uma centena de concelhos em que não existia uma única mulher candidata ao lugar principal. O desfecho, já nesta madrugada de segunda-feira, indica que Beja e Leiria são os distritos onde nenhuma mulher foi eleita para presidente de câmara.
Olhando ao detalhe para as eleições por partido, o PS e o PSD - a sós ou coligados - foram os que elegeram mais mulheres, somando cada um 22 autarquias lideradas feminino. Candidatas independentes conquistaram a vitoria em quatro grandes autarquias e o CDS-PP elegeu uma, tal como o PCP e o JPP.