Felicidade feminina e envelhecimento vão estar em exposição no Centro Cultural de Cascais

Centro Cultural de Cascais
Foto: Rita Chantre
'A Feliz Invenção das Mulheres Velhas' é uma iniciativa da Fundação D. Luís I, em colaboração com a Câmara Municipal de Cascais, e vai estar aberta ao público no espaço da Capela do Centro Cultural de Cascais até ao dia 04 de janeiro de 2026, no âmbito da programação do Bairro dos Museus.
A felicidade feminina perante o envelhecimento é o mote de uma exposição da artista plástica Isabel Baraona, composta por obras recentes da série "Desenhos Barrocos", que vai estar patente a partir de sexta-feira, no Centro Cultural de Cascais.
"A Feliz Invenção das Mulheres Velhas" é o título desta mostra, que tem curadoria da própria artista e convida a refletir sobre uma nova ideia de mulher, feliz no envelhecimento e solta dos estereótipos e das amarras que alicerçam a felicidade na juventude.
De acordo com um comunicado da organização, Isabel Baraona partiu de figuras clássicas como Antígona, Cassandra e Medeia - mulheres que desafiaram a ordem patriarcal e morreram tragicamente antes da maturidade -, para questionar "que novas linhagens de mulheres podem ser inventadas", para além das convenções sociais e da supervalorização da mulher jovem. A exposição inspira-se também no texto "Apresento-me" (1992), de Ursula K. Le Guin, que escreveu: "Não tenho a certeza se alguém já inventou as mulheres velhas; mas pode valer a pena tentar".
É precisamente essa invenção que Isabel Baraona ensaia nesta mostra, através de desenhos em papel com tinta-da-china, nos quais "liberdade e alegria se afirmam como gestos de resistência e plenitude".
"A Feliz Invenção das Mulheres Velhas" é uma iniciativa da Fundação D. Luís I, em colaboração com a Câmara Municipal de Cascais, e vai estar aberta ao público no espaço da Capela do Centro Cultural de Cascais até ao dia 04 de janeiro de 2026, no âmbito da programação do Bairro dos Museus.
Nascida em Cascais, em 1974, Isabel Baraona é artista, professora na Escola Superior de Artes e Design do Instituto Politécnico de Leiria e investigadora no LiDA - Laboratório de Investigação em Design e Arte.
Isabel Baraona é uma presença ativa na produção cultural e artística em Portugal e cofundadora da Oficina do Cego - Associação de Artes Gráficas.
Licenciada em Pintura pela La Cambre (Bélgica) e doutorada em Artes Visuais e Intermedia pela Universidade Politécnica de Valência (Espanha), desenvolveu também um pós-doutoramento na Universidade Rennes 2 (França).
O seu trabalho integra coleções nacionais e internacionais e tem sido apresentado em exposições em Portugal e no estrangeiro.
