Instituto Nacional de Estatística revela que mais de 53 mil portugueses viveram, no ano passado, insegurança alimentar severa, ou seja, estiveram vários dias sem se alimentarem
Corpo do artigo
“A insuficiência alimentar grave, ou seja, a situação em que as pessoas passam vários dias sem se alimentarem devido à falta de recursos, financeiros ou outros, para obter alimentos afetava cerca de 0,5% da população em 2024”.
A síntese consta do documento do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgado esta sexta-feira, 4 de abril e a propósito do dia Mundial da Saúde. Ora, contas feitas, a percentagem traduz-se em mais de meia centena de milhar de pessoas (53 mil portugueses) que estiveram vários dias sem comer.
Conforme o documento e referente ao mesmo ano, “a proporção da população residente em Portugal que se encontrava em situação de insegurança alimentar moderada ou grave, ou seja, com uma dieta alimentar de baixa qualidade ou com redução da quantidade de alimentos algumas vezes durante o ano atingiu 4,1%, menos 0,7 pontos percentuais do que em 2023.”
Mulheres vivem risco acrescido de ansiedade
Quase 1/3 da população (32%) com mais de 16 anos está a lidar com sintomas de ansiedade generalizada.
Colocando os dados sob a perspetiva de género, as mulheres estão mais expostas a esta perturbação, com quase quatro (38,2%) em cada dez a sofrerem com este problema, o que compara com 24,7% dos homens, avança o mesmo documento do INE.
Quanto mais grave a doença, maior a disparidade entre géneros, mais penalizadora para as mulheres: 14,1% face a 6,2% de indivíduos do sexo masculino.