A chegada do outono é sinónimo de queda de cabelo. E se o senso comum vive com a ameaça deste confronto, a verdade é que a especialidade refere que este é o momento do ano em que se "observa um aumento fisiológico no número de fios de cabelo em fase de queda", que pode mesmo duplicar. Médico detalha quatro cuidados preventivos a pôr em marcha a um mês de arrancar a nova estação
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Muito antes de se deixar afundar pela tristeza de ver emaranhados de cabelos na escova quando se penteia ou dezenas de fios espalhados pela almofada, é tempo de agir preventivamente sobre a queda capilar, que costuma aumentar com a chegada do outono, podendo mesmo duplicar a média normal de perda.
E não, não é mito! Quem o garante é o médico especialista nesta matéria, Carlos Portinha, que explica porque tal acontece. "O ciclo de vida do cabelo está intimamente ligado às mudanças sazonais e, durante o outono, observa-se um aumento fisiológico no número de fios de cabelo em fase telogénica (fase de queda)", explica por escrito à Delas.pt. Perdas acrescidas que chegam na sequência do verão, época marcada por "fatores como agressões externas - radiação solar, sal, cloro -, stress do regresso ao trabalho, alterações hormonais e mudanças ambientais que levam o couro cabeludo a renovar-se mais intensamente".

Ora, como detalha o especialista da Insparya, "muitas vezes, o corpo responde com uma redução transitória da densidade capilar, mediada por alterações hormonais e necessidades biológicas". O especialista fala ainda da "alteração das condições meteorológicas", que, com as mesmas, pode levar a "uma alteração da microbiota do couro cabeludo".
Se a prevenção é, tantas vezes, o melhor remédio, Portinha, para lá de tratamentos com mesoterapia, plasma, laser de baixa intensidade ou combinação de tratamentos, elenca quatro sugestões que podem começar a ser postas em marcha já, e que apenas dependem de cada um. Caminhos avançados "a cerca de um mês antes da chegada do outono" e como forma de "proteção e revitalização da saúde capilar, para minimizar o impacto da queda sazonal".
O médico recomenda "lavagem adequada, produtos suaves e hidratação do couro cabeludo" e sugere que se evite "calor excessivo, penteados apertados", apelando à "proteção do cabelo dos raios UV. A um terceiro nível, propõe redobrada atenção à mesa: com alimentação "rica em vitaminas (biotina, zinco), proteína e sais minerais". Sugere ainda uma cuidada "gestão do stress com atividade física, meditação e boa higiene do sono".
Cumprindo todos estes passos e sem descurar o impacto que o ambiente e a natureza têm no cabelo, o médico lembra que se a queda - "geralmente passageira" - "durar mais de seis a oito semanas, ou se observar falhas localizadas ou perda de densidade marcante" deve requerer "avaliação de um especialista para diagnóstico e tratamento personalizados".

