Relatório britânico revela que a venda de audiolivros impulsionou o mercado editorial, em 2024, e foi a maior de sempre: 268 milhões de libras (313 milhões de euros). A Publishers Association fala num aumento de 31% face a 2023.
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“É fantástico ver a ficção, os audiolivros e o digital prosperarem em 2024”. O diretor-geral da Publishers Association (PA), que reúne os editores britânicos, indica que o consumo de livros está cada vez mais diversificado e com mais procura. Dan Conway sublinha, citado em comunicado emitido pela plataforma, que “é importante notar que, embora a impressão esteja em baixa nos setores educativo e académico, o digital ainda está a crescer”.
De acordo com os dados do relatório, o mercado de audiolivros atingiu os 268 milhões de libras (313 milhões de euros) no ano passado, um crescimento de mais de 1/3 face a 2023. Recorde-se que o Reino Unido fechou as suas contas de 2024 com um consumo total na ordem dos 2,5 mil milhões de libras, ou seja, quase três mil milhões de euros.
“É evidente que as editoras têm dado aos amantes dos livros o que eles querem, com conteúdo envolvente e variedade de formatos. O crescimento da ficção tem sido impulsionado pela fantasia e pelo romance. O desejo de evasão nestes tempos tumultuosos pode ser um fator no sucesso recente desses géneros”, justifica o diretor-geral da PA.
Mas se a procura cresceu de um lado, caiu no outro. “Embora a edição de consumo tenha tido um forte ano de 2024, tal traz mais um quadro preocupante para a educação e a publicação de livros académicos, especialmente no mercado do Reino Unido. Realidade que reflete os desafios de financiamento em todo o setor da educação”, diz Conway, citado na mesma nota de imprensa. Olhando para os resultados apresentados no relatório, a receita total da educação caiu 3%, para 639 milhões de libras (746 milhões de euros).