Conferência sobre segurança nos espetáculos desportivos decorreu na sede da A. F. Porto.
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A sede da Associação de Futebol do Porto foi palco de uma conferência relativa à segurança nos palcos desportivos, onde estiveram presentes representantes de algumas das maiores entidades ligadas ao fenómeno desportivo do país: Helena Pires, diretora da Liga, Vítor Dias, diretor regional do IPDJ, bem como elementos da APCVD, PSP e GNR.
Carlos Lucas, diretor de competições da Federação Portuguesa de Futebol, explicou o que considera ser a maior falha na prevenção de incidentes nos espetáculos desportivos. "A formação e comunicação ajuda a combater a violência no desporto de forma mais eficaz e com menos custos. Uma das coisas mais importantes é a comunicação entre clubes. Parece uma coisa simples, mas não é, e facilita muito na forma como as coisas correm. Falarem antes e depois do jogo é importante para verificar o que correu bem e mal", acredita Carlos Lucas.
Além desta questão, o representante da GNR, o capitão Nasser Zidane, salientou a importância dos comportamentos de quem ocupa posições de maior exposição pública no futebol, para que os adeptos possam seguir exemplos positivos.
"Os próprios agentes desportivos têm de perceber a responsabilidade que têm de dar o melhor exemplo aos adeptos. As tensões entre clubes, que são visíveis depois durante o jogo, levam os adeptos a seguirem o exemplo que veêm dentro do campo", explica.
Nasser Zidane destacou ainda a falta de civismo, a rivalidade excessiva, o consumo de álcool e falta de fair-play como os principais fatores que contribuem para a insegurança nos estádios. Um quadro que urge mudar.
José Manuel Neves pede fim da violência
Na abertura da conferência sobre segurança nos espetáculos desportivos, o presidente da A. F. Porto, José Manuel Neves, deixou uma mensagem a apelar ao fim do fenómeno da violência, que em nada enobrece a atividade desportiva em Portugal. "O desporto é uma atividade que deve ser praticada com fair-play. Mais vezes do que gostávamos, há incidentes que em nada o dignificam e, em pleno século XXI, não podemos admitir que isso seja algo habitual", salientou.