Registo inédito a nível regional prova vitalidade da Associação portuense no período pós-pandemia
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Está a ser uma época de ouro para a A.F. Porto, ao nível dos clubes em atividade e do crescimento do número de atletas. Os registos oficiais, a que o JN teve acesso, mostram a vitalidade da associação, que conta com 40129 jogadores inscritos (34032 no futebol e 6097 no futsal), um recorde absoluto à escala nacional, sinónimo de uma subida de 12,5% em relação à época passada. No que diz respeito aos emblemas em atividade, a A.F. Porto tem agora 374, mais 72 do que na temporada anterior.
Acima de tudo, os números provam que a associação conseguiu ultrapassar a crise provocada, há três anos, pela pandemia de covid-19, que interrompeu as competições e levou a uma quebra de 32 940 atletas inscritos na época 2019/20 para 24 822 em 2020/21.
"A situação atual é muito positiva e deve-se a um trabalho de proximidade feito com os clubes e com os municípios. Os clubes fizeram um trabalho heróico durante a pandemia, com o apoio da A.F. Porto, das câmaras, da Federação Portuguesa de Futebol e do Governo. Foram tomadas medidas de contenção, para que nenhum clube definhasse até à morte, e isso foi conseguido", afirma, ao JN, José Manuel Neves, presidente da associação portuense, elencando outros dois fatores essenciais para o sucesso atual: "Tornámos os campeonatos mais atrativos e fizemos uma aposta séria no futebol feminino, que subiu 24% o número de praticantes no último ano".
Segundo o dirigente, com o apoio do Governo, 20 clubes da A. F. Porto receberam recentemente um milhão de euros, que lhes vai permitir "melhorar e aumentar as infraestruturas, acabar com os campos pelados, instalar luz artificial para treinar à noite, com energia LED, que significará uma poupança de 50% na conta da eletricidade".
De olhos postos no futuro, José Manuel Neves pretende "consolidar o crescimento do número de atletas" e dar seguimento ao projeto "ABC da Bola", junto das escolas do distrito, com o objetivo de "criar condições para que as crianças entre os 4 e os 10 anos se habituem à prática desportiva", um indicador social em que Portugal está "na cauda da Europa".