Os três grandes têm 18 jogadores lesionados. Densidade e ritmo competitivo explicam razia no campeonato. Lesões nos joelhos preocupam cada vez mais.
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Há uma praga de lesões a assombrar o campeonato português com os três grandes a terem 18 jogadores lesionados, alguns deles a enfrentarem problemas graves e de longa duração como roturas do ligamento cruzado anterior do joelho - casos de Daniel Bragança, Nuno Santos (Sporting), Bah e Manu Silva (Benfica) - ou fraturas de perónio como Vasco Sousa (F. C. Porto) ou do pé como João Simões (Sporting). Mas o fenómeno é transversal ao futebol europeu e, segundo dados do Transfermarkt, há 56 jogadores das seis principais ligas a contas com a rotura total ou parcial no joelho, enquanto na temporada passada apenas se registavam 33. A densidade competitiva, tempos de recuperação mais curtos, os relvados e até a intensidade que o futebol atual exige explicam, em parte, as lesões.
"Tornou-se um dogma dizer que são precisas 72 horas para recuperar, mas não é verdade. Há atletas que precisam de quatro ou cinco dias, outros de menos. Estão cada vez mais no limite", explicou, ao JN, Henrique Jones, antigo médico da seleção portuguesa. "Os atletas precisam de recuperar da fadiga e isso implica fazer terapêuticas que acelerem a recuperação com massagem, crioterapia, hidroterapia e suplementação, por exemplo. Mas não existe tempo para os exercícios de prevenção e assistimos a um tsunami de lesões", acrescentou ainda.