Neste século, só em três ocasiões é que um líder com mais de quatro pontos de vantagem à 16.ª jornada não foi campeão.
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O empate no dérbi entre Benfica e Sporting (2-2) sorriu para arsenalistas e dragões. O resultado permitiu ao Braga, que venceu o Boavista, ficar a quatro pontos do topo e, ao F. C. Porto, que derrotou o Famalicão, encontrar-se a cinco pontos das águias. Apesar da diferença pontual ser curta, o passado histórico favorece quem está no primeiro lugar a esta altura do campeonato. Se o Braga ou o F. C. Porto ultrapassarem o Benfica, será um feito raro, mas não inédito: neste século, só por três vezes é que o líder à 16.ª jornada, com mais de quatro pontos de vantagem para os rivais, não foi campeão.
Talvez o exemplo mais notório seja o da época 2018/19. À 16.ª jornada, o F. C. Porto liderava a Liga com mais sete pontos do que o Benfica e mais seis do que o Braga, porém, foram mesmo os encarnados a conseguir ser campeões. No ano seguinte, os dragões tinham uma desvantagem de quatro pontos para as águias e levantaram o troféu no final da época. Por fim, em 2015/16, o Sporting tinha uma vantagem de quatro pontos sobre o Benfica e o F. C. Porto, mas acabou por perder o campeonato para o rival da Luz.
Poucas mudanças de líder
A tarefa do Braga e do F. C. Porto não é impossível, mas também não é fácil. Se analisarmos todos os 23 campeonatos deste século ignorando as diferenças pontuais, só por sete vezes é que o líder à 16.ª jornada não foi campeão. Fazendo as contas, essa fatia corresponde a 30,4%, o que atesta bem o grau de dificuldade que pertence ao Braga e ao F. C. Porto na inversão de papéis na liderança.
Além dos três exemplos já mencionados, em 2011/12 o F. C. Porto tinha menos dois pontos que o Benfica e foi campeão. Em 2009/10, as águias estavam em igualdade pontual com o Braga no primeiro lugar, mas conseguiram levantar o troféu no final da época. Em 2004/05, o Benfica encontrava-se no quinto lugar a três pontos do Sporting, mas recuperou a desvantagem e foi campeão. Por fim, na primeira temporada do século, em 2000/01, à 16.º jornada o Boavista estava a dois pontos do líder F. C. Porto, mas ultrapassou o rival da Invicta.
A figura
Ser decisivo e cimentar-se como o melhor marcador
Nas duas vezes em que o Benfica chamou por ele, Gonçalo Ramos respondeu em voz alta. Diante do Sporting, foi decisivo ao empatar o jogo em duas ocasiões. Já leva 11 golos na Liga e afastou-se de Taremi no topo da lista de melhores marcadores.