André Villas-Boas, ex-treinador do F. C. Porto e atualmente ao serviço dos russos do Zenit de São Petersburgo, confessou, esta quarta-feira, que "gostava de voltar" a trabalhar no emblema "azul e branco".
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"Não sei em que funções, mas gostava de voltar, pois sempre fui agarrado à história portista. Sei que com a minha saída um pouco prematura não tenho direito de ambicionar o regresso, mas estou seguro que um dia vai acontecer, só teremos de ver a função", desabafou o técnico.
Villas-Boas acrescentou que a sua carreira como treinador "teve tantos altos e baixos", pelo que só se pode permitir "preocupar com o futuro mais próximo, que passa pela ambição total de ser campeão pelo Zenit", com quem tem mais um ano e meio de contrato.
O técnico foi um dos subscritores da recandidatura de Pinto da Costa à liderança do clube e não hesitou em afirmar que "o presidente está para muitos e bons anos, como tem sido habitual".
"Espero que assim seja e que encontre a determinação para continuar para todos ficarmos satisfeitos", frisou.
Satisfeito está também o treinador pela vantagem de sete pontos que mantém na liderança do campeonato russo de futebol, embora apontando aspetos a melhorar.
"Andamos à procura de uma regularidade de vitórias que não tem acontecido nos últimos jogos, mas temos a vantagem ainda confortável que teremos de aprofundar no regresso desta paragem do campeonato, que nos permite repensar algumas coisas".
Ao invés do campeonato, a participação na Liga dos Campeões, onde o Zenit terminou o grupo no terceiro lugar, à frente do Benfica, não foi do agrado do técnico português.
"Foi uma frustração muito grande. O grupo de adversários era muito equilibrado. Não falhámos tanto contra o Mónaco, mas sobretudo em casa, com o Bayer Leverkusen", avaliou.
Desta forma, Villas-Boas quer "motivar a equipa para a Liga Europa, uma competição diferente, onde Zenit tem história e quer chegar o mais longe possível".
Nas janelas de transferências, em janeiro, os responsáveis do Zenit sempre tiveram uma atenção especial ao mercado português, mas André Villas-Boas partilhou que será difícil um novo "ataque" ao campeonato luso neste período de mercado de janeiro.
"Estamos limitados pelo "fair play" financeiro da UEFA. É provável que pouca coisa aconteça", garantiu.
André Villas-Boas falou à margem da presença, esta quarta-feira, na delegação do Porto da APPACDM (Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental), onde se tornou padrinho da instituição e entregou um donativo de 10 mil euros.