André Villas-Boas: revelações sobre o scouting do F. C. Porto, a formação e o caso Cardoso Varela
André Villas-Boas explica a saída de José Maia, que volta ao City Group, garante que a equipa B não será extinta mesmo que desça de divisão e explica tudo o que fez para segurar Cardoso Varela no F. C. Porto.
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Como explica a saída de José Maia?
O José Maia sai pelas mesmas formas que o dr. Carlos Magalhães saiu no início da época para o Al Nasser. Neste momento as estruturas do futebol, tanto no quadro dos plantéis, como dos seus funcionários, estão vulneráveis aos interesses dos grandes clubes europeus. Isto já aconteceu no F. C. Porto por diversas vezes e acontece cada vez mais no panorama dos clubes portugueses. Parece-nos quase absurdo que uma pessoa que estava no Grupo City, que é convidada para diretor de scouting do F. C. Porto acaba por se sentir atraída novamente para voltar ao Grupo City, para outras funções das quais desconhece, e perdendo a hipótese de liderar o que era a renovação da direção de scouting do F. C. Porto. Isto é uma fragilidade que pode acontecer a qualquer momento e que pode colocar em causa o que são projetos desportivos. Isto também passa, por exemplo, nos projetos de formação. Temos que ter em atenção e projetar é que, no F. C. Porto o seu modelo formador e o seu modelo desportivo vai estar cada vez mais ameaçado e vulnerável. E que temos que nos adaptar.