Anselmi e a abordagem do F. C. Porto ao mercado: "Não gosto de contratar por contratar"
Treinador do F. C. Porto rejeita falar em revolução na equipa portista, dizendo apenas que o plantel atual é o que vai representar os dragões no Mundial de Clubes, "talvez com uma cara nova".
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Na véspera do último jogo do F. C. Porto no campeonato, frente ao Nacional, Martín Anselmi falou da próxima época, quando questionado sobre uma eventual mudança profunda no plantel dos dragões para 2025/26.
"Teria pelo menos 10 formas diferentes de responder a essa pergunta. Poderia dizer que sábado tenho um jogo e que falamos do futuro depois. Podia dar 10 títulos diferentes. Vou responder da maneira que o Martín Anselmi, treinador, gosta. E não tem nada a ver com o presente ou com o que vai acontecer. Em cada clube onde estive, gosto de otimizar os plantéis. De tirar o melhor de cada jogador, levá-los aos limites", disse o técnico argentino.
"Já me aconteceu imaginar que um jogador não ia dar nada e tornou-se titular indiscutível, bem como o contrário. Vemos evoluções nos jogadores. Esperávamos mais de uns, menos de outros. Nesse sentido, não sou um treinador que pensa em gastar, gastar e gastar. Não gosto de contratar por contratar. Gosto de otimizar o plantel, contratar quem realmente faz falta. Não gosto de ter um plantel de 30 jogadores, gosto de ter dois jogadores por posição. E que haja competição cá dentro", acrescentou.
"Não sei quantos jogadores vão sair, nem quantos vamos contratar. O que posso dizer é que este plantel é o que vai connosco para o Mundial de Clubes. Com alguma cara nova? Talvez, sim. Mas gosto de ser muito cuidadoso, tentar acertar nas saídas e nas contratações. Tentamos trabalhar ao máximo no que o clube precisa, naquilo que imaginamos para o futuro", referiu.
Sobre a partida com o Nacional, Anselmi sublinhou a importância de o F. C. Porto terminar o campeonato com uma vitória. "A temporada terminará no Mundial de Clubes, mas este será o último jogo em casa na Liga e, obviamente, queremos despedir-nos da melhor maneira de um campeonato que não foi o que esperámos. Preparámos o jogo como fazemos sempre, com todo o foco e atenção no adversário. É um jogo perante os nossos adeptos, em nossa casa, e queremos terminar da melhor maneira possível", afirmou.
Em relação à afirmação proferida no final do dérbi com o Boavista, quando disse que o lance do penálti assinalado contra o F. C. Porto, que resultou de uma bola aliviada por Zé Pedro contra o braço de Nehuén Pérez, foi um resumo da época, Anselmi esclareceu.
"Se tiver de responder agora, creio que foi um erro de arbitragem. Fui ver o regulamento e diz outra coisa... Já sei que não me está a perguntar sobre a jogada, mas acho que não é penálti. É uma jogada que vai contra o que dizem as regras. Foi uma má interpretação. Querer aliviar uma bola que depois volta para a minha baliza, não me favorece... Resumo da época? Há coisas que não têm explicação. Aconteceram assim", disse.
"Não estou a falar de erros da arbitragem. Tivemos falhas, erros, aprendemos, melhorámos, houve erros alheios que não controlamos. Não falo de algo pontual, nem de azar. Nessa jogada, não tivemos responsabilidade de nada. Foi uma falha da equipa de arbitragem. Aqui assumimos a responsabilidade do que é nosso. Gosto de uma frase que disse aqui aos jogadores e de que eles gostaram: 'Há que comprar mais espelhos e menos janelas'. Deixo-a aqui", concluiu.