António Carvalho
Pedro Correia/Global Imagens
Corredor da Efapel mostrou audácia para vencer etapa em Setúbal, num dia em que os principais rivais do camisola amarela Amaro Antunes (W52/FC Porto) não conseguiram criar sobressaltos para ameaçar liderança.
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Na última tirada em linha desta edição da Volta a Portugal, António Carvalho (Efapel) assumiu o protagonismo para disfarçar o orgulho ferido da equipa, pelos recentes sobressaltos, vencendo, ontem, na chegada a Setúbal, após uma fuga cirúrgica desenhada a menos de 20 quilómetros da meta.
Na roda do vencedor do dia, chegou Luís Fernandes (Rádio Popular/Boavista), companheiro de escapada de António Carvalho, que fez o segundo lugar na etapa, seguido por Luís Gomes (Kelly/Simoldes/UD Oliveirense), na frente de um grupo perseguidor, onde veio o camisola amarela, Amaro Antunes (W52/FC Porto).
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O corredor dos dragões foi bem protegido pela sua equipa na passagem pela Serra da Arrábida, o último ponto onde os principais rivais poderiam ter feito diferenças para lhe ameaçar a liderança, e parte hoje para o contrarrelógio final, em Lisboa, com o estatuto de mais sério candidato ao triunfo na prova.
Frederico Figueiredo (Atum General/Tavira), a 13 segundos da liderança, assume-se, no "crono" desta tarde, como o principal rival externo de Antunes, onde Gustavo Veloso, outro "dragão", mesmo estando no 3.º lugar a 1:13 do companheiro de equipa, reforça as possibilidades da W52/FC Porto abrir as garrafas do champanhe da vitória final.
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Esse possível triunfo dos "dragões" foi, ontem, facilitado pela incapacidade de resposta dos principais concorrentes em agitar a corrida. Logo após a partida, em Loures, várias fugas sucederam-se, mas sem nunca terem efeitos práticos, num pelotão comandando, quase sempre, pela W52/FC Porto, que colocou tudo em ponto de igualdade para a parte final, na subida à Arrábida. Aí, o trabalho de Ricardo Mestre arrasou as eventuais intenções dos favoritos em cavar diferenças, dada velocidade imposta.
Luís Fernandes, mais tarde seguido, por António Carvalho, ainda mostraram audácia para quebrar a locomotiva "azul e branca", descolando de um grupo da frente, já muito reduzido, para iniciarem uma aventura de força na parte final da subida e de alta velocidade na aproximação a Setúbal.
Rolando, na descida, a mais de 75 quilómetros por hora, o duo manteve uma distância que chegou quase ao meio minuto, fundamental para aguentarem a perseguição final até à meta, onde António Carvalho teve mais fôlego para poder festejar.
W52 prolonga vínculo ao F.C Porto por mais 2 anos
A designação da equipa W52/FC Porto vai manter-se no pelotão nacional por duas anos, confirmou ao JN, Adriano Quintanilha, o principal patrocinador da formação que tem dominado os últimos anos do ciclismo nacional. O inicial vínculo de 5 épocas, que terminava este ano, foi assim prolongado até 2022. Hoje, no contrarrelógio em Lisboa, está prevista a presença do presidente dos dragões Pinto da Costa.