Presidente tem dúvidas se um dia irá apertar a mão de Rui Costa para transferir o capitão. Lainez é reforço.
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A novela sobre Ricardo Horta foi um dos temas da entrevista dada por António Salvador ao Canal 11. O presidente arsenalista esclareceu que o valor mínimo para aceitar transferir o capitão de equipa é de 20 milhões de euros. "Disse ao Rui Costa [presidente do Benfica] que por 15 milhões o Ricardo Horta não saía. Ele disse-me que, sendo assim, não valia a pena falar, mas, com surpresa minha, passado uns tempos recebi por fax com uma proposta de dez milhões de euros e com determinadas condições. Recusámos. Gostaria que o Ricardo Horta continuasse, mas se ele disser que quer ir embora vai à vida dele", disse Salvador, que demonstrou ter dúvidas se algum dia irá "apertar a mão" ao presidente do Benfica pela transferência do avançado, de 27 anos.
Ainda sobre a questão das transferências, o dirigente arsenalista revelou que teve dois jantares com Pinto da Costa, presidente do F. C. Porto, até fechar a venda de David Carmo. "Disse-lhe que podíamos fazer a divisão do passe ou o F. C. Porto pagava o valor total. Umas semanas depois do primeiro jantar, voltámos a reunir-nos e o Pinto da Costa informou-me que pretendia comprar a totalidade do passe do David Carmo", disse.
O presidente do Braga confirmou ainda a contratação do mexicano Diego Lainez, jogador do Bétis. O avançado, de 22 anos, chega ao Braga a título de empréstimo e ficará com uma opção de compra avaliada em sete milhões de euros. "O Diego Lainez gostou muito do nosso projeto. É um grande talento do futebol mexicano", explicou António Salvador.
Na última época, o jogador realizou 12 jogos pelo Bétis e marcou dois golos. Ao todo, atuou quatro temporadas no clube de Sevilha, depois de se ter formado no América, do México. É internacional pela seleção "tricolor", com a qual soma 20 jogos e três golos.
"Queremos jogar ao domingo e não à segunda-feira"
António Salvador falou das medidas apresentadas à Liga e à Federação Portuguesa de Futebol para melhorar o campeonato nacional, explicando que pretende alterar os horários dos jogos. "O Braga tem preferência por jogar ao domingo ao final da tarde, não queremos jogar à segunda-feira, porque as pessoas não têm condições de vir ao estádio em dia de trabalho". Sem revelar o conteúdo em si, explicou que as medidas passam por trazer uma maior competitividade à liga portuguesa, diminuir a sua previsibilidade e trazer mais pessoas aos estádios. "Em Portugal, 82% das receitas são de transferências de jogadores, noutros campeonatos representam 14%. Assim não há sustentabilidade futura", vincou.