O presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol lamentou, esta quarta-feira, o "ataque grosseiro aos mais básicos direitos de cidadania" dos 25 árbitros das competições profissionais, cujos dados pessoais foram divulgados na Internet.
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"Trata-se de um ataque grosseiro a pessoas que -- antes de serem árbitros -- são acima de tudo cidadãos e que têm o direito de manter a sua vida pessoal protegida", afirmou Vítor Pereira, em declarações reproduzidas no sítio oficial na Internet da FPF.
O dirigente repudia o "uso e a publicação" desta informação, de uma "forma absolutamente intolerável e que coloca em causa os mais básicos direitos de cidadania".
A FPF acrescenta que a Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) "já fez dar entrada na Polícia Judiciária" uma queixa, que "está a ser preparada para fazer chegar à Comissão Nacional de Proteção de Dados".
O Conselho de Arbitragem da FPF "espera que as investigações decorram de forma célere e que cheguem até às últimas consequências" e manifesta "total disponibilidade" para "prestar qualquer tipo de apoio que venha a ser solicitado por quaisquer árbitros ou entidades".
O Diário de Notícias noticiou que os dados pessoais dos árbitros das competições profissionais, como números de telefone, moradas, nome de familiares, números de contribuinte e números de contas bancárias, foram divulgados na Internet, a 17 de março, numa lista que continua disponível.