Equipa de Carlos Carvalhal recupera quarto lugar, após vitória sem espinhas perante um Rio Ave em crise e que precisa urgentemente de reforços para o ataque.
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Sem grande esforço, o Braga voltou às vitórias no campeonato, batendo sem apelo um Rio Ave que está quase há dois meses sem ganhar na Liga e que precisa urgentemente de reforços para o ataque. Se o futebol não tivesse balizas e o objetivo não fosse marcar golos, os vila-condenses, se calhar, até tinham ganhado o jogo e com nota artística. Mas, pela sexta vez em 10 jogos no campeonato, a equipa de Mário Silva ficou a zeros e divide com o Belenenses SAD o pior ataque da prova.
O Braga perdeu cedo Galeno, por lesão (o extremo brasileiro saiu com queixas no adutor), e logo um dos principais desequilibradores, o que poderá ter pesado numa primeira parte com pouca inspiração e equilibrada.
O Rio Ave mostrou personalidade e, a espaços, foi melhor que a equipa da casa. A meio da primeira parte, com os forasteiros no controlo da posse de bola, Filipe Augusto gritava "paciência com ela" - com a bola, claro está -, com a intenção clara retirar a iniciativa ofensiva aos minhotos. Mas lances reais de golo não se viram, de parte a parte, com exceção de um ou outro remate com algum perigo, pelo que foi de forma algo inesperada que, perto do intervalo, o Braga chegou ao golo. Al Musrati foi o primeiro a ter uma ação decisiva, com um passe vertical para Fransérgio, que viu Castro com muito espaço entre o lateral direito e o central do Rio Ave: o médio assistiu Ricardo Horta, que só teve de encostar.
No segundo tempo, mais do mesmo. A equipa vila-condense com muitas dificuldades em ser verdadeiramente acutilante no último terço do relvado e o Braga a ser mais astuto e maduro e a aproveitar as brechas. Al Musrati lançou Iuri Medeiros na esquerda e o cruzamento a régua e esquadro saiu perfeito para o pé direito de Fransérgio fazer o segundo golo e matar a partida. André Pereira podia ter reduzido aos 86 minutos, bem assistido por Carlos Mané, mas Matheus mostrou muita atenção e seria o inevitável Paulinho a fechar o marcador perto do fim com a colaboração de um passe mágico de Ricardo Horta.