Argentina ou França. Messi ou Mbappé. O Mundial 2022 termina esta tarde, com uma final inédita e um duelo que elevará ao olimpo argentinos ou franceses.
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Pelé, Diego Maradona, Vittorio Pozzo, Mário Zagallo. Nenhum deles jogará a final de hoje, mas, de uma forma ou de outra, todos podem ficar ligados ao desfecho do duelo que pára o Mundo. É por causa deles, figuras maiores e ainda inalcançáveis da história dos mundiais, que, mesmo ganhando, Messi, Mbappé ou Didier Deschamps se limitarão a fazer o que já foi feito, seja levar uma Argentina ao colo até ao troféu como Maradona, ser a estrela maior de um bicampeão do Mundo como Pelé, ser o segundo selecionador a conquistar o troféu de maneira consecutiva como Pozzo ou ser o segundo a vencer três títulos, como jogador e selecionador, tal qual Zagallo. No meio de tudo isto, Argentina e França sabem que uma delas vai ser campeã mundial pela terceira vez.
Eis, o canto do cisne da 22.ª edição do Mundial de Futebol. Quatro anos de espera e depois passa a correr. Não há um finalista surpreendente, como é norma, mas há uma final inédita que, ainda assim, une duas equipas com pontos em comum: desde logo, é certo que uma delas vai levantar a taça mais apetecível do universo futebolístico pela terceira vez; depois, ambas têm uma estrela acima de todas as outras.
Hoje, em Lusail, é sabido que todos os olhos vão estar em Messi, a salivar pela coroação suprema, depois de seis jogos maradonianos que fizeram os argentinos recuar até 1986 e regressar ao México, e Mbappé, este com os olhos a brilhar perante a possibilidade de, aos 23 anos, ser campeão do Mundo pela segunda vez e ameaçar o recorde de Pelé, o único futebolista que foi "tri", convencido de que, desse modo, também se formalizará a passagem de testemunho quanto ao estatuto de melhor jogador do planeta. À entrada para a final, Messi e Mbappé são os goleadores do Mundial 2022 (cinco golos) e os dois candidatos ao prémio MVP.
Para a Argentina, a de hoje será a sexta final e a hipótese de equilibrar as contas (duas vitórias e três derrotas até agora). Para a França, será a quarta, todas disputadas de 1998 para cá. Os "Bleus" podem ser apenas a terceira seleção a conquistar o troféu de forma consecutiva, igualando a Itália (1934 e 1938) e o Brasil (1958 e 1962). Há 60 anos que tal não acontece e essa é uma das coincidências e curiosidades a que Messi e companhia se agarram para não acordarem do sonho.
Vírus dá tréguas na equipa francesa
Varane, Konaté e Coman estão restabelecidos do vírus que tem atacado a França e estiveram no último treino antes da final. Théo Hernández e Tchouaméni recuperaram.
Campeão francês apoia... Messi
David Trezeguet ajudou a França a ser campeã do Mundo em 1998 e agora assume não se importar com um desfecho desfavorável aos franceses. "Sabendo que este será o seu último Mundial, o Leo [Messi] merece ser campeão", afirmou.