Arsenal arranca exibição poderosa e deixa João Pereira em pânico na primeira parte. Boa reação no recomeço foi insuficiente
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O Sporting foi goleado (5-1) pelo Arsenal, ontem, em Alvalade. No primeiro verdadeiro teste à liderança de João Pereira, a equipa leonina foi amassada por um dos grandes da Premier League. A recente goleada frente ao Manchester City deixara o leão nas nuvens, mas a poderosa exibição dos “gunners” trouxe, indiscutivelmente, um pequeno banho de realidade e uma descida à terra. Independentemente do cenário, o Sporting continua a realizar uma Champions fantástica e mantém-se em posição de apuramento direto. O leão entrou mal e foi atropelado na primeira parte. Sofreu três golos e foi silenciado por um Arsenal endiabrado, sobretudo na ala direita, onde Saka, Odegaard e Timber detonaram a defesa verde e branca.
Com a casa em chamas, o Sporting recomeçou com outra alma, energia, acerto estratégico e reduziu a diferença. Ainda deu a ilusão de que poderia inverter o destino, mas voltou a errar, cometeu uma grande penalidade, e deixou o Arsenal quebrar a reação. O pesadelo da primeira parte já havia desenhado a história. A formação de Arteta entrou pressionante em contraste com um leão nervoso. Gonçali Inácio tremeu em duas ocasiões e Diomande viu o primeiro amarelo sem tocar na bola, numa picardia com Havertz. Houve sempre muita intranquilidade que foi explorada pela ala direita dos “gunners”. Uma combinação com assistência de Timber deixou Martinelli frente a Israel.
Tal como com o Manchester City, o leão entrou a perder. Os verde e brancos tentaram respirar, pensar, reagir e jogaram um pouco no meio-campo inglês. Só que o ataque do Arsenal continuava “on-fire”. Saka isolou Havertz no segundo tento e os britânicos mantiveram o ritmo com o campeão nacional. Saka fazia o queria de Maxi Araújo, deixando sob ameaça a baliza de Israel.Odegaard e Timber também baralhavam as contas de Marcus Edwards, Morita, Maxi e Gonçalo Inácio, que suplicavam pelo intervalo. Só que Gabriel, na sequência de um canto, ainda amargou mais a descida para o balneário. Um lance de laboratório com uma conclusão implacável que arrassou o líder da Liga, que, na primeira parte só ameaçara através de Quenda, num remate que Raya desviou para canto. O recomeço foi mesmo só uma ilusão, já que os ingleses voltaram a aproveitar os erros e ampliaram o marcador.
Sinal mais
Saka fez o que quis de Maxi Araújo ou de quem lhe apareceu pela frente. Inácio entrou nervoso, mas compensou com um golo. Saliba foi implacável com Gyokeres.
Sinal menos
Diomande, condicionado por um amarelo muito cedo, cometeu um penálti. Maxi Araújo sentiu dificuldade em parar o oponente e Franco Israel não deu segurança.
Árbitro
O juiz foi rigoroso com Diomande, logo na fase inicial, mas demorou a sancionar o atraso na reposição de bola.