O Benfica revalidou o título de basquetebol, ao vencer o Sporting, 101-85, no quarto jogo da final dos playoffs. No final da partida, houve polémica no pavilhão João Rocha.
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Minutos depois de o Benfica se sagrar bicampeão nacional de basquetebol no pavilhão do Sporting, o clube da Luz emitiu um comunicado a revelar que a equipa não iria "participar na cerimónia oficial de entrega do troféu de campeão nacional".
Segundo a nota do clube da Luz, a decisão foi tomada devido "ao comportamento discriminatório e inaceitável por parte da Federação Portuguesa de Basquetebol e do seu Conselho de Disciplina, presidido por Carlos Filipe", referindo-se ao facto de o extremo do Sporting, Travante Williams, ter sido autorizado a jogar, depois de ter sido desqualificado ao intervalo da terceira partida, por ter empurrado um polícia.
A decisão foi comunicada quando o palco para o Benfica receber o troféu já estava montado no pavilhão João Rocha. A Federação Portuguesa de Basquetebol entregou as medalhas à equipa de arbitragem, bem como ao Sporting, antes de a equipa do Benfica recolher aos balneários.
No mesmo comunicado, o Benfica revela que irá "comemorar a conquista do campeonato no Pavilhão Fidelidade do Estádio da Luz, que estará de portas abertas para receber todos os adeptos".
Quanto ao quarto jogo da final, foi mais equilibrado do que o anterior, ganho pelas águias por 44 pontos de diferença. O Sporting entrou para o último período com um ponto de vantagem, mas os dez minutos finais foram totalmente dominados pelo Benfica, que fez um parcial de 32-15 e selou a conquista do título nacional.
Conselho de disciplina da FPB responde
Entretanto, a Federação Portuguesa de Basquetebol emitiu uma nota a reagir ao episódio no Pavilhão João Rocha. Na nota, o organismo garante ter ficado surpreendido com a decisão do Benfica e acusa o clube encarnado de acusações falsas.
"Lamentamos profundamente que a secção de basquetebol do Sport Lisboa e Benfica, clube por quem temos o maior respeito institucional, tenha emitido um Comunicado com afirmações falsas e atentatórias do bom nome e da honra dos membros deste Conselho de Disciplina e do seu Presidente em particular. Tais afirmações gratuitas, infundadas e insidiosas não foram acompanhadas de qualquer facto que permita de modo honesto e sério suportá-las. As únicas afirmações concretas proferidas reportam-se, como o próprio Comunicado refere a "...Dois casos, dois jogadores.." que nada tiveram em comum e cujo paralelismo é desprovido de qualquer fundamento. Prova disso é que a decisão deste Conselho de Disciplina que afectou o atleta do Sport Lisboa e Benfica nem sequer foi objecto de impugnação ou recurso para o Conselho de Justiça da F.P.B. ou para o Tribunal Arbitral do Desporto (...) Por último, gostariamos de realçar que tão importante como saber perder é saber ganhar, pelo que se repudiam todas as atitudes nas derrotas e nas vitórias que não enobrecem nem dignificam as instituições e as modalidades", pode ler-se.