
O Benfica venceu esta terça-feira
Pedro Rocha / Global Imagens
Otamendi, Rafa e Neres marcaram, na primeira parte, os golos do triunfo que confirmou a entrada na fase de grupos da Liga dos Campeões.
O Benfica voltou a vencer o Dínamo Kiev e garantiu o acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões. Numa Luz com 58 789 espectadores nas bancadas, as águias confirmaram o favoritismo e resolveram cedo a equação. Foram uma equipa intensa e focada na parte inicial e, depois, puderam descomprimir e festejar.
O resultado da primeira mão permitia entrar em campo com o bilhete premiado, mas o Benfica carimbou o apuramento, se dúvidas houve, ainda na primeira metade, ao marcar três golos. A equipa demonstrou que vive numa dimensão distinta da do opositor, envolvido num contexto muito particular. Mesmo sem forçar muito, revelou superioridade total perante um adversário pouco crente e cedo conformado com o destino.
Neres, João Mário e Rafa destacaram-se. A magia e imprevisibilidade do brasileiro, que fez um golo e uma assistência, são já imagem de marca na Luz e fazem falta ao futebol.
O onze de Roger Schmidt conseguiu o primeiro objetivo da época e selou a sexta vitória consecutiva. Não é, para já, uma equipa deslumbrante, embora apresente alguma nota artística, e revela talvez falta de algumas soluções alternativas no meio-campo e no ataque, mas tem derrubado os rivais de forma competente e inequívoca.
Ontem, cumpriu o livro do alemão, que exigia uma pressão inicial e resolver cedo a eliminatória. Aprisionou o Dínamo Kiev e desequilibrou através de situações de superioridade numérica nas alas - Neres e João Mário surgiam no mesmo flanco para ajudar Rafa e Gonçalo Ramos. O extremo brasileiro, por sua vez, confirmou a personagem do super-herói, ilusionista, que promete ameaça permanente. Rafa, Grimaldo, num remate ao poste, e Neres, numa bicicleta, podiam ter levado a Luz a festejar mais cedo.
Os ucranianos limitavam-se a defender junto à área, numa tentativa de protelar a sentença que parecia inevitável. Com as vias terrestres congestionadas, as águias impuseram-se por via aérea. Otamendi marcou e começou a agitar as garrafas de champanhe. Rafa aproveitou um brinde de Syrota e Neres consumou a goleada antes do intervalo.
A equipa voltou ao balneário com a missão cumprida e 38 milhões de euros no bolso. No segundo tempo, houve descompressão, individualismo e tempo para festejar com os adeptos. Musa estreou-se, infelizmente devido a um choque violento entre Rafa e Gonçalo Ramos que deixou o avançado KO.
Mais: Neres acrescenta sempre um pozinho de mágica às ações. Além do golo e assistência, brindou a Luz com uma bicicleta. Rafa imprimiu velocidade ao jogo.
Menos: Rafa aproveitou a "assistência" de Syrota e Benesedin também vigiou Otamendi de forma infantil. Choque entre Rafa e Gonçalo Ramos deixou o avançado maltratado.
Árbitro: Arbitragem discreta, num jogo sem casos nem picardias. O juiz francês adotou uma liderança tranquila e serena.
