O presidente da FIFA, o suíço Joseph Blatter, avisou esta sexta-feira o Qatar em relação à possibilidade de "importar" uma equipa para o Mundial2022, à semelhança do que fez no Mundial de andebol, que considerou "um absurdo".
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"Um país de 2,2 milhões enfrenta o enorme desafio de formar uma seleção de futebol competitiva até 2022. E isto não se alcança naturalizando rapidamente jogadores", escreveu o dirigente no jornal semanal da FIFA.
Blatter indicou mesmo que o organismo não autorizará essa situação, ao contrário do que dez a Federação Internacional de Andebol, que viu o Qatar chegar no fim de semana à final do Mundial que organizou com uma série de jogadores naturalizados.
Segundo Blatter, trata-se de uma situação que "contradiz o espírito de uma equipa nacional".
A seleção de andebol do Qatar, que perdeu a final com a França, disputou o Mundial com jogadores naturais da Bósnia, França, Espanha, Cuba e Montenegro, e muitos deles já tinha jogado pelas suas seleções de origem.
"O facto de o desporto fazer pontes sociais e juntar culturas não pode deixar de ser lembrado, as vezes que sejam necessárias", dizendo que o que aconteceu no andebol chegou "ao ponto do absurdo".
Perante as regras da FIFA um jogador deverá ter nascido no país que representa ou os seus pais, caso contrário terá que ter vivido um mínimo de cinco anos no país para que possa ser elegível para representar a sua seleção.