F. C. Porto chega à longa paragem do campeonato com uma vitória clara sobre o rival da Invicta. Boavista entrou tarde ao jogo. Galeno bisou no fim.
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Foi um dérbi desequilibrado, que o F. C. Porto controlou desde o princípio e venceu sem discussão. O golo de Marcano, já com o intervalo à vista, desatou o nó que o Boavista procurou dar no jogo e os dragões partiram para uma vitória tranquila, facilitada na segunda parte após a expulsão do axadrezado Reggie Cannon. A equipa portista chega em alta à inusitada paragem que o campeonato vai atravessar por força do Mundial e, pelo menos no que diz respeito à Liga, Sérgio Conceição não vai passar um mês e meio com azia.
Longe do banco, devido ao castigo imposto pelo vermelho que viu em Mafra, o técnico portista pôde assistir do alto a uma exibição assertiva da equipa azul e branca. Os axadrezados, pelo contrário, surgiram muito retraídos no campo, apenas à procura de prolongar o mais possível o nulo, e nem sequer conseguiram impor a dimensão física que costuma imperar neste tipo de duelos. Mesmo enquanto esteve empatado, o dérbi nunca foi de faca na liga e ficou longe da emoção de outrora.
O F. C. Porto entrou forte, teve oportunidades de início, mas até pode dizer-se que marcou quando menos se esperava, numa altura em que o Boavista parecia ter as coisas controladas a defender. A perder, Petit tentou finalmente soltar as amarras, mas teve algum azar com o "timing" da expulsão de Cannon, que viveu uma semana difícil depois de ter ficado de fora da convocatória dos EUA para o Catar. O técnico boavisteiro tinha acabado de lançar Gorré e Bruno Lourenço no jogo quando o defesa viu o segundo amarelo e, com dez, tornou-se impossível para a equipa da casa segurar a dinâmica ofensiva portista.
O golo de Eustaquio, pouco depois, tranquilizou ainda mais os dragões, que só apanharam um susto quando Bozenik, outro avançado saído do banco do Boavista, rematou ao poste, já no último terço do jogo. Os minutos finais tiveram muita ação e houve dois golos de Galeno, ambos com assistências de Otávio, com um do Boavista pelo meio, num livre de Gorré que Diogo Costa acabou por desviar para a própria baliza.
Mais: Otávio nunca tira o pé do acelerador, nem com o Mundial à porta, e fez duas assistências para Galeno brilhar. Marcano esteve seguro e foi oportuno no 0-1. Eustaquio continua de mira bem afinada
Menos: Petit apostou numa equipa de tração atrás e os jogadores mais afoitos a atacar ficaram no banco de início. A lesão prematura de Vukotic foi má para as panteras. O japonês Mazaki passou despercebido
Árbitro: Luís Godinho mostrou bem os dois cartões amarelos que valeram a expulsão de Cannon. Dúvidas num possível offside de Galeno antes do canto de que resultou o primeiro golo.
Veja o resumo do jogo:
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