Empate no Minho mantém F. C. Porto no segundo lugar, mas agora a dez pontos do Benfica. Braga pode ver o Sporting aproximar-se na luta pelo pódio.
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Faltaram os golos a um jogo interessante numa Pedreira em ebulição, no qual o Braga esteve mais tempo por cima. O F. C. Porto também teve hipóteses de o ganhar, sobretudo numa ocasião flagrante desperdiçada por Evanilson a quatro minutos dos 90, mas foi a equipa minhota a acabar em desespero, depois de Pizzi ter falhado dois golos cantados já nos descontos, o segundo dos quais mesmo no último lance.
Se a perspetiva portista é a de lutar pelo segundo lugar, tendo em conta que o título já parece entregue ao Benfica, agora a dez pontos de distância, então o resultado não foi mau para a equipa de Sérgio Conceição. Com marcas físicas e anímicas evidentes, após a eliminação da Champions, os dragões aguentaram o embate com um adversário que continua dois pontos atrás. Mesmo sem a vitória, os bracarenses podem olhar para a frente, embora não convenha deixar de lado o retrovisor, pois o Sporting tem condições para se aproximar do terceiro posto, caso ganhe o jogo que adiou nesta jornada, em Barcelos.
Desta vez com Rodrigo Conceição na lateral direita e Pepê no ataque (mas só até perto do intervalo), o F. C. Porto até começou melhor. Taremi esteve perto do golo aos 12 minutos, mas esse lance acordou o Braga para um resto de primeira parte em que foi mais forte. Pressionante e agressiva, com e sem bola, a equipa de Artur Jorge dominou os acontecimentos e incomodou uma série de vezes o seguro Diogo Costa.
No reatamento, os portistas voltaram a entrar bem e Galeno obrigou Matheus a uma defesa vistosa, mas o filme inicial repetiu-se. Com mais energia, o Braga voltou a superiorizar-se e Ricardo Horta falhou o alvo por centímetros, na finalização de uma jogada bem delineada pela formação minhota.
Sem discernimento nem qualidade no ataque, o F. C. Porto agarrou-se ao jogo com a passagem de Otávio para o miolo e teve uma enorme chance de se adiantar no marcador, no tal remate ineficaz de Evanilson. O Braga sobreviveu ao susto e, com Álvaro Djaló, Simon Banza e Pizzi em campo para um último assalto à área visitante, esteve muito perto de desfazer o nulo nas compensações. Mas o destino queria mesmo que o duelo terminasse empatado.
Análise
Mais: Al Musrati mandou a meio-campo. Otávio subiu de rendimento quando passou para esse setor do terreno. Ricardo Horta e Abel Ruiz deram muito trabalho à defesa portista. Marcano esteve em todas.
Menos: Rodrigo Conceição foi aposta falhada na lateral portista e Grujic nem até ao intervalo durou. Evanilson teve o golo nos pés, mas desperdiçou, tal como Pizzi, duplamente desastrado já nos descontos.
Árbitro: Faltaram amarelos a Uribe e a Niakaté logo no primeiro quarto de hora, mas João Pinheiro conseguiu controlar o jogo. Nos lances de dúvida nas áreas, decidiu bem.