O sorteio do play-off de acesso aos oitavos de final da Liga Conferência ditou que o Braga vai enfrentar a Fiorentina. De todos os possíveis adversários este era um dos mais complicados para a equipa portuguesa, mas não é impossível de bater.
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A Fiorentina era uma das equipas a evitar para o Braga neste sorteio do play-off de acesso aos oitavos de final da Liga Conferência. O conjunto italiano tem muito talento ofensivo mas tem desiludido no campeonato e enquanto coletivo tem apresentado várias fragilidades.
Contexto:
A Fiorentina não está a realizar a melhor das épocas tendo em conta a qualidade individual que tem. Os "viola" ocupam o 12º lugar do campeonato e têm apenas nove vitórias em 21 jogos em todas as competições. Esta será a sexta equipa italiana que o Braga vai enfrentar na história, embora nunca tenha defrontado a Fiorentina. Em nove partidas contra formações transalpinas, os arsenalistas apenas venceram por três vezes.
Pontos fortes:
Coletivamente não está a ser a melhor temporada da Fiorentina. Mas individualmente há jogadores que podem fazer a diferença. O antigo avançado do Benfica Luka Jovic é o melhor marcador da equipa com seis golos, seguindo-se de Nicolás González, com quatro. Este talento ofensivo poderá causar complicações a um Braga que tem sofrido mais golos do que o expectável depois da paragem para as seleções nacionais.
As constantes trocas posicionais na frente de ataque procuram confundir as marcações defensivas dos adversários e abrir espaços para a incursão de médios como Bonaventura ou Amrabat, em bom plano em 2022/23.
Pontos fracos:
Se no ataque a Fiorentina tem talento que, em menos circunstâncias do que o esperado, tem criado perigo aos adversários, na defesa as dificuldades são muitas. Não só pelos 24 golos sofridos mas também pelo espaço que dão no meio campo. A subida dos médios para perto da área pode ser, em vezes, vantajosa, mas quem joga contra o conjunto orientado por Vincenzo Italiano consegue explorar os espaços entre-linhas, algo que pode ser favorável para o Braga com jogadores como Ricardo Horta ou Iuri Medeiros.
Onze tipo: Pietro Terracciano; Quarta, Milenkovic, Igor Júlio, Biraghi, Amrabat, Bonaventura, Mandragora, Ikoné, Jovic e Kouamé;
Com um meio campo bastante ofensivo a Fiorentina procura fazer várias trocas posicionais entre os médios e os extremos, para ter jogadores a aparecer em zonas e posições diferentes. Ikoné é um extremo criativo que favorece de ter um avançado de referência, com capacidades de móveis também, como Jovic. Mandragora gosta de aparecer em zonas mais subidas do lado esquerdo do ataque.
A vocação ofensiva dos médios por norma expõe a fragilidade defensiva da defesa "viola", que conta com os destaques de Quarta e Biraghi, laterais com valências ofensivas interessantes.