
Midtjylland ocupa a oitava posição da liga dinamarquesa
EPA/Ernst van Norde
O Sporting vai defrontar o Midtjylland no play-off de acesso aos oitavos de final da Liga Europa. O sorteio ditou, em teoria, alguma sorte para os leões, que podem aproveitar a temporada inconstante do conjunto dinamarquês para garantir um lugar na próxima fase da prova. Para conhecer melhor o adversário da turma de Alvalade, apresentamos os pontos fortes, fracos e o onze tipo do Midtjylland.
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De vários tubarões calhou aquele que é, na teoria, um dos adversários mais acessíveis para o Sporting no play-off de acesso aos oitavos de final da Liga Europa. Os leões defrontam um Midtjylland, que está em baixo de forma na presente temporada, ocupando o oitavo lugar da liga dinamarquesa e com fragilidades defensivas. Porém, o conjunto orientado por Albert Capellas conta com algumas referências individuais de perigo, sobretudo no aspeto ofensivo.
Contexto:
O Midtjylland não está ao nível de outros anos. O conjunto dinamarquês tem mostrado grandes dificuldades defensivas na presente temporada, não conseguindo conter as investidas ofensivas dos adversários. Esta época já defrontou o Benfica, no play-off de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões, onde foram derrotados por um resultado agregado de 7-2.
Em todas as competições já sofreu 39 golos, número bastante superior aos 24 sofridos pelo Sporting. Ofensivamente a equipa tem algum talento individual que já apontou 46 golos, mais 14 que os leões. Historicamente, o registo favorece o conjunto de Alvalade.
Sporting e Midtjylland apenas se defrontaram em duas ocasiões no passado, ambas na 1.ª ronda da Liga Europa 2001/02 (então Taça UEFA). Os leões venceram com um resultado agregado de 6-2 o único adversário dinamarquês que alguma vez competiram.
Pontos fortes:
O talento ofensivo do Midtjylland é aquilo que se pode destacar mais da formação da Dinamarca. Com um futebol rápido e de procura da profundidade, a equipa orientada por Albert Capellas procura desequilibrar com os extremos mais abertos e incentivar o avançado Dreyer a recuar para arrastar defesas e procurar associar-se aos médios em combinações.
Dreyer é o melhor marcador do Midtjylland com dez golos, seguindo-se do extremo talento Isaksen. O médio Evander é também uma das figuras da equipa, tendo muita preponderância ofensiva com constantes aproximações à área. Fruto disso são os cinco golos e seis assistências apontadas. Pione Sisto embora nem sempre titular é uma flecha no ataque, tendo causado algumas dificuldades à defesa do Benfica no jogo do início da época.
Pontos fracos:
O setor defensivo é o mais debilitado. Enquanto equipa, o coletivo tem muitas dificuldades em orientar a pressão de forma correta e conseguir defender como um todo, acabando por abrir espaços para os adversários explorarem. Marcus Edwards poderá ser um jogador perigoso para os dinamarqueses, visto que pode desposicionar a defesa adversária com o drible.
O aproveitamento de espaços no corredor central poderá ser eficaz para o Sporting, onde jogadores como Paulinho ou Pedro Gonçalves podem fazer mais a diferença.
Onze tipo: Jonas Lossl; Andersson, Dalsgaard, Sviatchenko, Paulinho, Evander, Charles, Juninho Carlos, Isaksen, Dreyer e Pione Sisto
O Midtjylland organiza-se num 4-3-3 com os defesas laterais a ocuparem posições mais baixas no terreno. Isto dá maior preponderância a extremos como Isaksen, Sisto ou até Kaba, caso jogue, para receberem a bola mais abertos e depois fazerem movimentos em direção à baliza.
O avançado Dreyer procura muitas vezes recuar no campo e ser associativo para com os médios. Estes movimentos têm como base procurar arrastar a marcação dos defesas centrais contrários e permitir a entrada dos extremos ou, sobretudo, do médio Evander em zona de finalização.
Os laterais não terem um papel ofensivo preponderante também é uma forma de manter a equipa mais equilibrada defensivamente, visto que este setor é o que tem dado mais dores de cabeça a Albert Capellas.
