Se houve ano que marcou a carreira de Taí foi o de 1975. Quando ainda se celebrava a revolução dos cravos do ano anterior, ele vivia os momentos mais marcantes da carreira. Com um denominador comum: José Maria Pedroto, o homem que lhe deu a provar o sabor dos títulos e lhe abriu as portas da seleção.
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"A sensação de felicidade daquele momento é inesquecível. Jogar ao lado do Nené, do Humberto Coelho, do Chalana... Ainda por cima fui chamado à seleção quando estava no Boavista, que ainda era o Boavistinha", lembra Taí, a propósito de um jogo com a Inglaterra, que acabou empatado a uma bola.
O "Boavistinha", mais ou menos. Meses antes, os axadrezados tinham vencido a primeira Taça de Portugal, graças a uma vitória (2-1) improvável sobre o Benfica. "Tínhamos 1% de hipóteses. Foi mérito absoluto do Pedroto", aponta, ele que se tornou um especialista em finais da Taça: esteve em cinco consecutivas e ganhou quatro, uma delas pelo F. C. Porto, onde esteve duas épocas.
Entre a mágoa de ter sido obrigado a conciliar o futebol com o serviço militar e uma licenciatura de Educação Física (foi professor até se reformar), o atual diretor do Centro Cultural de Amarante guarda momentos hilariantes. Um deles foi protagonizado por Vítor Baptista, no Boavista. "Na palestra do jogo de estreia, disse ao treinador: Tu não sabes nada disto. Eu não tenho de marcar ninguém. Ele é que tem de me marcar a mim. Eu sou o Vítor Baptista", lembra, com carinho.
Passe curto
Nome: António Carlos Sousa Laranajeira Lima Taí
Naturalidade: Amarante
Idade: 69 anos (11/08/1948)
Clubes que representou: Amarante, Boavista, F. C. Porto
Principais títulos: um campeonato nacional, quatro Taças de Portugal e uma Supertaça