Depois de Bruno Lage, Custódio também saltou fora. Dos 18 treinadores que iniciaram a época no principal escalão, só sete resistem.
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Desde 2016/17 que não se via nada parecido. Desta feita, a época ainda nem sequer acabou, mas a dança das cadeiras de treinadores da Liga está bastante agitada. Em apenas dois dias, os recentes resultados ditaram mais duas mudanças no comando técnico de clubes do principal escalão do futebol português.
Primeiro, foi Bruno Lage a deixar o Benfica e, agora, Custódio Castro saiu do Braga. Ao todo, no referido lote de 18 equipas, o "chicote" já estalou 19 vezes contra as 20 que se verificaram na tal época de 2016/17. Será esse registo igualado ou ultrapassado? Certo é que ainda há cinco jornadas pela frente.
E, para o Benfica, ainda há a final da Taça de Portugal, pelo que é possível que Nélson Veríssimo não fique no comando técnico até ao final e, se assim for, as 20 mudanças numa só época poderão ser alcançadas. Para isso também é preciso que o homem escolhido para suceder a Bruno Lage venha a comandar a equipa em, pelo menos, um jogo.
Já no Braga, Artur Jorge foi anunciado como escolhido para dar continuidade ao trabalho de Custódio até ao final da época, pelo que só uma hecatombe fará António Salvador avançar para o quinto treinador.
Sá Pinto foi quem começou a época nos minhotos, depois foi substituído por Rúben Amorim. A bola passou para Custódio - ontem demitiu-se - e, agora, chegou a Artur Jorge. O Sporting partilha registo idêntico ao dos arsenalistas, embora com um investimento financeiro muito superior: Rúben Amorim, que custou 13,8 milhões de euros (com juros e IVA), é o quarto treinador da época, depois de Keizer, Leonel Pontes e Silas.
No outro lado da balança estão os sete resistentes: Sérgio Conceição (F. C. Porto), Carvalhal (Rio Ave), João Pedro Sousa (Famalicão), Ivo Vieira (V. Guimarães), João Henriques (Santa Clara), Vítor Oliveira (Gil Vicente) e Natxo González (Tondela) são os únicos treinadores que seguem no posto onde iniciaram a época. Curiosamente, quase todos eles estão, no imediato, dentro dos objetivos propostos.
Como ponto de comparação, refira-se que na época passada registaram-se 13 mudanças de treinadores e em 2017/18 foram apenas 12. Esta época, apesar do caso de Amorim, contratado pelo Sporting ao Braga, a paciência dos dirigentes tem sido menor.
S. C. Braga
Mais uma solução encontrada na própria casa
Artur Jorge foi o escolhido por António Salvador para dirigir a equipa principal, como treinador interino, até ao final da época. Tal como aconteceu com Rúben Amorim e Custódio Castro, também desta vez a solução estava em casa.
Há pouco mais de um mês, o antigo central foi anunciado como treinador dos sub-23 arsenalistas. Antes disso, orientou vários escalões da formação braguista, incluindo a equipa B. Micael Sequeira mantém-se na equipa técnica e, como adjuntos de Artur Jorge, entram Pedro Costa e João Cardoso.