Os adeptos da equipa croata do Hajduk Split, que defrontou esta quarta-feira o Vitória de Guimarães, tiveram ajuda de uma claque portuguesa para organizar os distúrbios que causaram o pânico na cidade berço, na noite passada. As autoridades já identificaram alegados elementos dos No Name Boys, afetos ao Benfica, com adeptos croatas.
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Foi o Ministério da Administração Interna (MAI) que, na tarde desta quarta-feira, confirmou em comunicado a participação de adeptos portugueses na organização dos distúrbios.
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"Diligências preliminares efetuadas pela Polícia de Segurança Pública (PSP) indicam que, apesar de os adeptos da equipa do Hajduk Split terem sido acompanhados por elementos da polícia croata, há indícios de que os adeptos organizaram a sua chegada ao país de forma a não serem detetados pelas autoridades e que os incidentes ocorridos ontem à noite em Guimarães foram organizados com elevado grau de premeditação, com participação de membros de pelo menos um grupo organizado de adeptos nacional", explica o MAI em comunicado.
Apenas um pequeno grupo de adeptos croatas organizou a sua deslocação com conhecimento das autoridades, entrando em Portugal por via aérea. A maioria contou com "o apoio de membros de claques associadas a clubes portugueses para a organização das suas deslocações e estadia", precisa o MAI.
A claque do Hajduk Split mantém, há vários anos, amizade com os No Name Boys, do Benfica, numa espécie de geminação que engloba também as rivalidades nacionais de cada clube.
Na noite desta terça-feira, quando souberam que um grupo de adeptos do Hajduk Split se dirigia para a cidade do Porto, com elementos dos NN Boys, umas dezenas de membros dos Super Dragões deslocaram-se para a zona da Ribeira, no Porto, onde tiraram uma foto, publicada em páginas internacionais de redes sociais associadas ao fenómeno das lutas entre claques.