Três ativistas do movimento ambientalista Climáximo interromperam, este domingo, o final da Meia Maratona de Lisboa, sentando-se na meta para acusar a patrocinadora EDP de "greenwashing" e exigir o fim dos combustíveis fósseis até 2030.
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Em comunicado, o Climáximo explica que a ação visou denunciar o que os ativistas consideram ser uma tentativa da empresa de "lavar o sangue das suas mãos" através do patrocínio de eventos sociais e desportivos. Os jovens sentaram-se na meta da Meia Maratona, empunhando cartazes com frases como "Fim ao Fóssil até 2030!", "3% do território ardido" e "Verão mais quente e seco dos últimos 94 anos".
De acordo com o movimento, a EDP continua a operar centrais a gás fóssil, impedindo uma transição energética justa. "Em 2025 já não há nenhuma empresa que possa alegar desconhecer que a sua atividade está a causar diretamente milhões de mortes e desalojamentos forçados e a destruir as condições básicas para a existência da Vida. Precisamos do fim dos combustíveis fósseis até 2030 - isto é uma medida existencial", salienta a porta-voz Matilde Alvim, citada no comunicado.
O movimento ambientalista recorda que "o gás é tão danoso como o petróleo ou o carvão", sublinhando que Portugal "precisaria de ter eletricidade 100% renovável e gratuita já este ano" para ficar "dentro dos limites de aquecimento delimitados pela ciência climática".
"Ao invés disso, governos e empresas prendem-nos ao gás fóssil como suposta "energia de transição". Não está a haver uma transição energética dos combustíveis fósseis para as energias renováveis, mas sim uma expansão energética da diversificação das fontes de energia e de lucro de empresas como a EDP", lamentou o grupo.
O Climáximo acrescentou que 2024 foi "o ano mais quente desde que há registo", com a temperatura média global a ultrapassar pela primeira vez os 1,5°C face à era pré-industrial.
Contactada pela Lusa, a EDP optou por não comentar as acusações feitas pelo
