
Cristiano Ronaldo falou em entrevista ao jornalista Piers Morgan
Foto: Patrícia de Melo Moreira/AFP
Cristiano Ronaldo concedeu uma entrevista ao jornalista britânico Piers Morgan na qual falou sobre alguns temas da vida. A primeira parte partiu saiu esta terça-feira.
Corpo do artigo
A carreira de Cristiano Ronaldo está cheia de títulos, recordes e feitos que o colocam como um dos melhores de sempre. No entanto, apesar da longevidade, o dia em que irá pendurar as botas inevitavelmente vai chegar. O internacional português falou sobre esse momento e acredita que está para breve.
"Penso que estarei preparado. Vai ser duro, difícil, provavelmente vou chorar. Não sou de guardar sentimentos, sou aberto. Vai ser muito difícil, mas eu preparo o meu futuro desde que tenho 25, 26 ou 27 anos. Penso que serei capaz de suportar essa pressão", disse, antes de deixar claro que as coisas não serão iguais, mas haverá tempo para outras coisas.
Leia também Cristiano Ronaldo: "Mudei de avião há um ano para um melhor"
"Nada vai ser comparado à adrenalina de marcar um golo. Mas tudo tem um fim. Acho que vou estar preparado. Tenho outras paixões. Vou ter mais tempo para mim, para a minha família e ver crescer os meus filhos. Eu quero seguir o Cristiano Jr, porque está numa etapa da vida que se fazem coisas estúpidas. Normal, também o fiz. Quero ser uma pessoa mais presente para a família. Também tenho os meus hobbies, ver UFC, gosto de Padel. Quero aprender mais sobre as minhas empresas e outras coisas. Nunca vou ser youtuber, claro. Futebol, para mim, não é só ir treinar uma hora e receber os tratamentos. Eu vivo o futebol por 24 horas. Para a minha idade fica mais difícil recuperar, mas eu gosto do processo. Para mim é um bom desafio", contou.
Num momento mais privado, o capitão da seleção portuguesa abordou ainda o episódio em que perdeu um filho e como toda a família viveu aquele momento. "Sinto que sempre nos apoiámos. Nos bons e maus momentos fazem parte. Nesse momento consolidámos mais a relação. Mas mesmo nos momentos mais difíceis tens de tornar as coisas suaves. Tens de tentar encontrar o equilíbrio. Foi uma coisa que aprendi, foi difícil mas aprendi muitas coisas. Vi outras perspetivas da vida. A minha filha que tem agora três anos é a rainha da família, é quem faz a casa mais feliz. Tudo acontece por uma razão, eu acredito nisso. Somos uma família abençoada e estou orgulhoso disso", partilhou.
Leia também Cristiano Ronaldo e Georgina casam depois do Mundial: "Trabalhei muito até encontrar o anel ideal"
Já a vida amorosa e o relacionamento com Georgina também não fugiu à conversa: "Tem tantas coisas que eu adoro. Acho que é única da sua forma. Cuida de mim, da família, da casa, o que implica muito trabalho. No oposto, eu não ia saber lidar com isso. Os homens não conseguem lidar com isso, honestamente. À parte das qualidades que eu gosto, como a beleza, é a pessoa que me entende, cuida de mim e da minha família", atirou.
No final desta primeira parte da entrevista, foi possível ver ainda alguns temas que irão ser retratados no próximo capítulo. Um deles foi um pedido particular que fez a Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, quando lhe foi oferecida uma camsiola autografa com uma mensagem de paz. O avançado madeirense justificou o motivo de forma bem curta e dirta: "É uma das pessoas que pode ajudar a mudar o mundo".
O internacional português considera, ainda, que vencer um Mundial não vai definir a sua carreira e relembra, ainda, o falecimento de Diogo Jota e a forma como recebeu a notícia. "Não queria acreditar. Quando me mandaram mensagem, eu chorei muito. Foi muito difícil para o país, família, amigos, colegas, foi devastador. Uma notícia muito triste".

