Jogador do PSG deixou o meio-campo para se tornar aposta na defesa. Na seleção, já substituiu Rúben Dias e agora rende Pepe.
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Danilo é a aposta clara de Fernando Santos para o eixo da defesa de Portugal, que não contará com Pepe nos dois últimos jogos da fase de grupos da Liga das Nações, diante da República Checa (sábado) e da Espanha (terça-feira), depois de o central do F. C. Porto ter sido dispensado dos trabalhos devido a problemas físicos.
Médio de raiz, o jogador do Paris Saint-Germain passou nos últimos meses a ser utilizado de forma regular no setor recuado, tanto no clube parisiense como na seleção, e transmite total confiança a Fernando Santos para desempenhar o lugar, a ponto de o técnico ter decidido não convocar ninguém para o lugar de Pepe.
A adaptação de Danilo à posição de central começou na época passada. Ao serviço da seleção, o ex-portista foi titular no eixo defensivo nos dois jogos do play-off decisivo no apuramento para o Mundial 2022: no primeiro, diante da Turquia, com Pepe castigado e Ruben Dias lesionado, alinhou ao lado de José Fonte; no segundo, frente à Macedónia do Norte, com Pepe já disponível, Fernando Santos apostou em Danilo, em vez de Fonte. Nas quatro primeiras partidas da Liga das Nações, com Rúben Dias ainda lesionado, a dupla Pepe/Danilo foi omnipresente.
No PSG, também se tornou habitual ver o internacional português a alinhar no setor defensivo. Na época em curso, depois de vários jogos como suplente utilizado, foi titular nas últimas três partidas, diante de Brest, Maccabi e Lyon, sempre na zona recuada, mas neste caso numa defesa a três, o modelo tático usado pelo treinador Christophe Galtier.
Voltando à seleção, Danilo prepara-se para formar uma dupla inédita com Rúben Dias e será, em condições normais, a terceira opção de Fernando Santos para o Mundial. A quarta pode ser Tiago Djaló, que está na atual convocatória, mas há outras opções. David Carmo e Gonçalo Inácio já foram chamados e o jovem António Silva, do Benfica, foi mencionado há dias pelo técnico como estando "a bater à porta" da seleção, a exemplo de jogadores para outras posições, como Florentino, Pote, Trincão ou Vitinha (Braga).