Rúben Semedo é o namoro antigo. Diogo Leite está na linha da frente para ser transferido e Diogo Queirós tem pouco espaço.
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O plano está traçado e segue firme, embora sempre dependente da evolução do mercado. Enquanto não chegam os reforços de eleição, Sérgio Conceição e a estrutura arrumam a casa e têm as ideias definidas no que diz respeito à composição do eixo defensivo. Neste momento, há Pepe, Mbemba, Marcano, Diogo Leite e Diogo Queirós, mas o técnico quer mais um elemento para a função e o alvo está identificado há algum tempo: Rúben Semedo.
A equação não é difícil de desmontar. Pepe e Mbemba, que acabaram a época como a dupla titular, dão todas as garantias, apesar da veterania do central luso-brasileiro, que encaixa bem no cliché do "vinho do Porto, quanto mais velho melhor". O congolês, além da competência defensiva, acabou a época como herói, com um improvável e fantástico bis na vitória (2-1) sobre o Benfica na final da Taça. Há Marcano, mas o espanhol só mais para o final do ano é que deverá estar apto para regressar aos relvados, depois de ter sido operado ao ligamento cruzado anterior, em maio.
Por fim, Diogo Leite está na linha de frente para ser transferido, com Valência ou Wolverhampton a surgirem como destinos mais prováveis. Diogo Queirós, que regressou este ano após empréstimo ao Mouscron, da Bélgica, foi integrado no segundo dia da pré-época, mas parece ter vida difícil para convencer Sérgio Conceição a ter um lugar no plantel.
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Neste contexto, surge Rúben Semedo, internacional português que fez uma época de alto nível no Olympiacos, já depois de um ano em crescendo no Rio Ave. Antes, em Espanha, com a camisola do Villarreal, foi mais notícia fora do campo, tendo estado detido por cinco meses. Agora, definitivamente reabilitado, Rúben Semedo está na órbita do Dragão e agrada a Conceição, mas o F. C. Porto também espera efetuar as primeiras vendas para depois atacar o mercado. A par disso, o Olympiacos fixou um valor: 10 milhões. É esta a verba que é necessária para resgatar o central da Grécia.
Fome de títulos
Sérgio Conceição, que foi eleito o melhor treinador da edição da Liga, falou sobre os primeiros dias da pré-época. "Vejo um grupo com muita ambição e fome de títulos. Quando assim é, torna-se mais fácil trabalhar. Nada me motiva mais do que chegar às 8 horas da manhã para trabalhar neste clube. Não preciso de motivações extra. Vamos para uma nova época com a ambição de conquistar todas as provas em que entramos", garante Conceição.
"Se perdêssemos com o Benfica era o adeus ao campeonato"
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O triunfo sobre o Benfica (3-2), no Dragão, foi um dos momentos-chave do campeonato. Os jogadores do F. C. Porto, entre eles Marcano, recordaram o ambiente desse jogo e reconheceram a importância da vitória, na terceira parte do programa do Porto Canal sobre 2019/20. "Era uma final. Se perdêssemos, era o adeus ao campeonato", confessou Marcano, que antes tinha sido decisivo na vitória sobre o Gil Vicente, em que marcou perto do intervalo, dando início à reviravolta (2-1). "Ir para o intervalo com um empate é diferente de uma derrota", disse. Sérgio Oliveira completou essa cambalhota e também marcou ao Benfica. "É um golo que nunca irei esquecer. Por ter sido importante e por ter sido num clássico. Para quem cá nasceu tem sempre um sabor especial", admitiu. No final do jogo, houve festa rija no balneário. "Foi um momento nosso, de balneário, que quisemos que ficasse entre nós", explicou o capitão Danilo. O episódio lembrou o período de paragem devido à covid-19. "O clube deu-nos todas as condições", lembrou Marchesín.
Três ausências
O plantel trabalhou em dose dupla, registando-se as baixas de Marcano, que continua a recuperar de lesão, Zé Luís e Nakajima. O primeiro está em isolamento domiciliário mas pode deixar o plantel neste mercado. O japonês continua afastado, depois de se ter autoexcluído após a retoma dos treinos.