Francesco Farioli poupa nove titulares já de olho no jogo de depois de amanhã com o Benfica, mas F. C. Porto festeja a nona vitória seguida na época. Estrela Vermelha ainda assustou, mas foi Rodrigo Mora a rir por último.
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A sombra do primeiro resultado negativo de 2025/26 chegou a pairar sobre a cidade Invicta, mas este dragão de Francesco Farioli parece capaz de resistir a tudo e nem algum medo cénico das segundas linhas do plantel impediu a nona vitória em outros tantos jogos. O treinador italiano poupou nove dos habituais titulares com vista ao clássico com o Benfica, já depois de amanhã, mas um golo de Rodrigo Mora, bem perto do final, vergou o Estrela Vermelha e manteve o registo perfeito da equipa também na Liga Europa.
Diogo Costa e Bednarek foram os únicos a manterem o respetivo lugar no onze - o central até saiu ao intervalo - e, apesar das caras novas no relvado, o processo não se alterou. Pressão intensa até ao primeiro momento de festa, que chegou aos oito minutos. A genialidade do passe de William Gomes encontrou paralelo na extraordinária receção orientada de Deniz Gul, que deixou Uchenna sem outra hipótese que não fazer falta. Penálti e 1-0, cortesia do pé esquerdo de William. O ponta de lança só não brilhou mais ao quarto de hora porque Matheus fez uma grande defesa e a equipa sérvia começou a dar sinais de vida, com o aviso de Ivanic a não ser entendido. Aos 32 minutos, após livre lateral e um primeiro corte da defesa portista, a passividade de Alarcón - em estreia absoluta na equipa titular, tal como Prpic -, permitiu o remate de primeira de Kostov, de apenas 17 anos.
O F. C. Porto sofria o primeiro golo de um adversário em toda a temporada (o tento em Alvalade foi um autogolo) e a confiança foi baixando. Vários erros não forçados e muita hesitação no momento do passe para o espaço facilitaram a tarefa do Estrela Vermelha, algo que nem as entradas de Alberto Costa e Froholdt para a segunda parte conseguiram resolver por completo. É verdade que Mora e William perderam boas chances para o segundo, mas os sérvios também causaram calafrios, como no cabeceamento perigoso de Arnautovic.
Borja e Pepê saltaram para dentro de campo, tal como Gabri Veiga, que entrou para o lugar de Gul e desenhou um F. C. Porto sem ponta de lança. No entanto, o contrassenso transformou-se em lógica ao minuto 89: o passe do médio espanhol foi meio golo ao isolar Pepê que, altruísta, só teve de tocar para o sorriso de Mora. O lado B do dragão até pode não ser uma sinfonia, mas o ritmo da vitória continua.