Minhotos estiveram a vencer na Invicta, até Francisco Moura e Samu, por duas vezes, marcarem os golos da reviravolta. Exibição foi pobre, mas serviu para ultrapassar o Braga.
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A exibição não foi brilhante, muito longe disso, mas o F. C. Porto reencontrou o caminho do sucesso e a reviravolta frente ao Moreirense permitiu à equipa de Anselmi ultrapassar, à condição, o Braga no terceiro lugar e dormir no pódio do campeonato. Depois da péssima imagem deixada na derrota frente ao Estrela, na Amadora, os azuis e brancos voltaram a esboçar um sorriso tímido graças ao golo de Francisco Moura e ao bis de Samu.
Num Dragão com metade dos lugares vazio – ao contrário do que é habitual, os responsáveis portistas não divulgaram a assistência -, a paciência esgotou-se em cinco minutos. Foi o tempo necessário para se ouvirem os primeiros assobios vindos da bancada, enquanto para ver um lance de perigo foi preciso esperar meia hora e pela classe de Mora, que atirou ao poste. No entanto, menos de um minuto depois, os fantasmas voltaram a atacar em força: Alanzinho correu meio campo e serviu Yan que, depois de sentar Nehuén Pérez, atirou para o 0-1.
A reação surgiu por linhas trocadas. Cruzamento de pé direito do esquerdino Fábio Vieira e Moura, mais habituado a assistir, cabeceou para o empate. O golo até poderia sossegar o F. C. Porto, mas não foi isso que aconteceu e apenas duas defesas enormes de Cláudio Ramos permitiram que o intervalo chegasse com 1-1 no marcador.
Os dragões defenderam um pouco melhor no segundo tempo e, aos 68 minutos, o cruzamento de João Mário bateu no braço de Maracás, que estava quase em cima do lateral. Penálti de futebol moderno que Samu transformou na reviravolta e mereceu muitos aplausos de toda a equipa no banco. Um passe fantástico de Ivo Rodrigues ainda fez Frimpong sonhar, mas o lateral falhou a receção e o F. C. Porto não perdoou. Mora mostrou toda a classe com uma arrancada inteligente e serviu Samu, que igualou Pavlidis como segundo melhor marcador da Liga.
A partida terminou com um grande susto, quando Namaso atingiu Caio Secco na cabeça, com o guarda-redes a ter de sair. Sem substituições disponíveis, Ausé calçou as luvas e foi para a baliza, mas a história do encontro já estava escrita.
Mais
Zé Pedro, João Mário e Mora foram os melhores do F. C. Porto, enquanto Samu marcou quase um mês depois. Ivo Rodrigues a Alanzinho jogaram muito.
Menos
Pepê exagerou nos toques de calcanhar e o Dragão perdeu a paciência com o brasileiro. Nehuén voltou a falhar na defesa, tal como Maracás, nos minhotos.
Árbitro
O penálti assinalado não teve em conta a (falta de) intencionalidade do defesa e ficou por marcar um, bem mais evidente, por falta sobre Gonçalo Borges.