Equipa de Sérgio Conceição foi superior do princípio ao fim e Galeno acabou por ser um dos protagonistas, ao fazer duas assistências. Azuis e brancos fecham a época com três troféus
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Ferido no orgulho, após a perda do campeonato, o F. C. Porto mostrou na final da Taça de Portugal os predicados que o levaram a estar na luta pelo título da Liga até à última jornada e asfixiou o Braga, que nunca mostrou capacidade para equilibrar o jogo. A equipa de Sérgio Conceição dominou a partida, não deixou respirar o adversário e leva o troféu para o Dragão como todo o mérito, depois de um encontro que foi quase sempre de sentido único. Os azuis e brancos fecham a época com três troféus nacionais e só não fizeram o pleno porque falharam o título de campeão.
O F. C. Porto entrou a todo o gás na partida. Nos primeiros cinco minutos de jogo, Eustaquio e Evanilson obrigaram Matheus a aparecer em jogo, com duas defesas essenciais para manter o nulo. A equipa azul e branca manteve o controlo ao longo da primeira parte, e, a partir do lado direito do ataque, Pepê, Otávio e Evanilson, em perfeito entendimento, foram responsáveis por um início de tarde agitado para a defensiva bracarense.
O primeiro remate do Braga surgiu apenas aos 38 minutos, com Ricardo Horta a ameaçar, com um potente remate, a baliza de Cláudio Ramos, que respondeu à altura, com uma defesa apertada, para canto. À entrada para a segunda metade, o conjunto de Artur Jorge continuou a mostrar dificuldades em sair do cerco montado pelos portistas, que, aos 53 minutos, chegaram mesmo à vantagem. Na sequência de um cruzamento rasteiro de Galeno, pela ala esquerda, André Horta, em tentativa de alívio, acabou por empurrar a bola para dentro da própria baliza.
Tudo corria de feição ao F. C. Porto até que, aos 62 minutos, Wendell viu um cartão vermelho direto, mostrado pelo árbitro João Pinheiro depois de alertado pelo VAR, na sequência de uma entrada imprudente sobre Victor Gómez. Mesmo em inferioridade, os dragões não perderam o equilíbrio (Conceição tirou Toni Martínez, que tinha entrado pouco antes, e colocou em campo Zaidu). Aos 79 minutos, o central Niakaté também deixou o Braga com 10, por falta sobre Taremi, que seguia isolado para a área minhota.
Novamente em igualdade numérica, a equipa portista chegou ao segundo golo com a mesma fórmula: Galeno ultrapassou Joe Mendes em velocidade pelo flanco esquerdo e cruzou para a pequena área, onde Otávio só teve de desviar, para fechar o resultado da final em 2-0.
Mais: Galeno foi o autor dos dois cruzamentos que resultaram nos golos dos portistas, Otávio e Uribe dominaram no meio-campo.
Menos: Bruma, Iuri e Ricardo Horta não conseguiram ferir os dragões. Wendell podia ter posto em perigo a vitória azul e branca.
Árbitro: Critério demasiado apertado prejudicou o espetáculo, mas o árbitro esteve bem nas expulsões de Wendell e Niakaté.
Veja o resumo do jogo:
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