Campeão nacional teve de sofrer em Paços de Ferreira, mas recuperou o segundo lugar e ficou, de forma provisória, a um ponto do líder Benfica, que este domingo recebe o Estoril
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Turbilhão de emoções na Capital do Móvel, com os azuis e brancos a terem de suar, e muito, para superarem um Paços de Ferreira que fez pela sobrevivência, mas não resistiu a jogar toda a segunda parte reduzido a dez elementos. Uma grande penalidade convertida por Mehdi Taremi e um golo de Toni Martínez embalaram o campeão rumo ao triunfo, que lhe permitiu recuperar o segundo lugar (perdido na véspera para o Braga) e deixar o Benfica a jogar sobre brasas, este domingo, ante o Estoril. A liderança está presa por um ponto.
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A Mata Real foi palco de um jogo duelo intenso e com muitos lances polémicos, que vêm atiçar ainda mais os ânimos no futebol português. Depois de uma semana de trocas de acusações e queixas sobre as pressões sobre os árbitros, o encontro de ontem não porá, seguramente, água na fervura.
As dúvidas começaram logo aos seis minutos, quando Taremi caiu na área em luta com Ferigra, mas Fábio Veríssimo mandou jogar e o VAR não viu razões para mudar a decisão, cenário que se inverteu, por completo, em cima da meia hora. Antunes pressionou Pepê no momento do remate e o árbitro apontou para a marca dos 11 metros, sendo chamado por Fábio Melo para ir ver as imagens. O juiz de Leiria mudou de ideias, tirou o amarelo ao lateral esquerdo do Paços e a primeira parte não terminaria sem mais dois casos: aos 43 m, Manafá foi tocado por Nuno Lima, mas nem árbitro nem VAR viram a perna estendida do central dos castores, que, pouco depois, ficariam reduzidos a dez elementos: Holsgrove viu dois amarelos em 56 segundos e deixou a equipa de César Peixoto com uma montanha para escalar.
A segunda parte abriu com uma perdida de Taremi e uma recuperação defensiva inacreditável de Pepe, que tirou o pão da boca a Alexandre Guedes. Já depois de desperdiçar outra assistência de luxo de Evanilson, Taremi marcou o penálti a castigar um pisão a André Franco e, aos 83m, Toni Martínez acabou com todas as dúvidas, numa conclusão fácil após passe de Namaso. A luta pelo título promete.
Mais: Pepe foi o coração do dragão e Otávio e Uribe os pulmões, numa exibição com mais vontade que qualidade. Vekic defendeu o que pôde.
Menos: Apesar do golo, Taremi teve noite infeliz, perdendo duas chances claras. Holsgrove estragou uma boa exibição com dois amarelos infantis.
Árbitro: Exibição para esquecer de Fábio Veríssimo e do VAR liderado por Fábio Melo. Penálti sobre Manafá foi o mais claro e passou... em claro.
Veja o resumo do jogo:
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